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Espetacular dança de galáxias em fusão é fotografada com riqueza de detalhes

Por| Editado por Rafael Rigues | 16 de Agosto de 2022 às 18h10

ESO
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Uma colisão entre duas galáxias iniciada há um bilhão de anos foi fotografada pelo Very Large Telescope (VLT) do ESO. Além da dança cósmica, o observatório também registrou os núcleos onde se encontram os buracos negros supermassivos de cada uma dessas galáxias. Os objetos devem se fundir em um único buraco negro colossal.

A galáxia NGC 7727 é um objeto gigante, fruto da fusão entre duas galáxias antigas. Os buracos negros foram descobertos em 2021 e anunciados como a dupla de buracos negros mais próxima da Terra. Eles estão separados por apenas 1.600 anos-luz anos-luz e ficam a 89 milhões de anos-luz de distância da Via Láctea.

Galáxias como estas, em processo de fusão, “dançam” em torno uma da outra (ou melhor, em torno de um centro gravitacional em comum) e mudam drasticamente de forma. Devido ao fenômeno de forças de marés, uma consequência direta da gravidade de objetos massivos, elas ganham “caudas” formadas por rios de estrelas, gás e poeira.

A NGC 7727, que nasceu da fusão de duas galáxias (Imagem: Reprodução/ESO)
A NGC 7727, que nasceu da fusão de duas galáxias (Imagem: Reprodução/ESO)

Essa imagem impressionante, obtida com o instrumento FORS2 (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph 2) montado no VLT, revela muitos detalhes da fusão. Ela já foi observada com outros telescópios, mas aqui vemos a complexa relação gravitacional da matéria que forma o corpo principal das galáxias e as caudas ao seu redor.

No centro da imagem podemos encontrar dois pontos brilhantes semelhantes a estrelas. Pelo menos um deles é, provavelmente, o antigo núcleo de uma dessas duas galáxias espirais. Cada um deles tem um buraco negro supermassivo, e eles devem se fundir dentro de 250 milhões de anos. Se isso acontecer, a massa do novo objeto será mais ou menos a soma dos dois buracos negros — 54 e 6,3 milhões de massas solares.

Também há 23 objetos candidatos a aglomerados globulares jovens formados na colisão. O destino mais provável para a NGC 7727 é se tornar uma galáxia elíptica com pouca formação de novas estrelas.

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Fonte: ESO