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Esta é a dupla buracos negros supermassivos mais próxima da Terra já encontrada

Por| Editado por Patricia Gnipper | 30 de Novembro de 2021 às 10h00

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ESO/Voggel/ESO/VST ATLAS team/Durham University/CASU/WFAU
ESO/Voggel/ESO/VST ATLAS team/Durham University/CASU/WFAU

Uma equipe de astrônomos encontrou a dupla de buracos negros mais próxima da Terra já detectados. Também é o sistema binário com a menor separação dentre os dois objetos já descoberto até então. Isso significa que eles eventualmente se fundirão em um único objeto.

A descoberta foi feita com dados do Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO). Os objetos estão a 89 milhões de anos-luz de distância e estão localizados na galáxia 7727, em direção à constelação de Aquário. O recorde de buraco negro mais próximo da Terra antes dessa detecção era de 470 milhões de anos-luz de distância.

Buracos negros em rota de colisão

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Entre esses dois buracos negros supermassivos, há apenas 1600 anos-luz de separação. Essa a primeira vez que uma dupla desse tipo é encontrada com tão pouco espaço entre os objetos. Eles estão provavelmente em órbita espiral rumo a uma colisão, o que repercutirá em todo o universo através de ondas gravitacionais — isto é, se não estagnarem devido ao problema do parsec final).

Infelizmente, não estaremos aqui para conferir a fusão dos buracos negros, pois isso deve ocorrer nos próximos 250 milhões de anos, de acordo com Holger Baumgardt, professor na Universidade de Queensland, Austrália, que é coautor do estudo. Essa fusão poderia mostrar aos astrofísicos como os buracos negros supermassivos de proporções bem superiores se formaram no universo.

Por falar em proporções, o estudo aponta que o buraco negro maior, localizado bem no coração da NGC 7727, tem quase 154 milhões de massas solares, enquanto seu companheiro tem “apenas” 6,3 milhões de vezes a massa do Sol. A descoberta de dois buracos negros supermassivos nessa galáxia condiz com a suspeita de que ela é produto da fusão de duas galáxias espirais anteriores que ocorreu há 1 bilhão de anos.

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É a primeira vez que astrônomos conseguem medir a massa de uma dupla de buracos negros supermassivos, mas pode haver muitas descobertas como essa no futuro. É que os autores esperam que essa detecção implique em muitas outras galáxias com duplas de buracos negros supermassivos em seus núcleos. O artigo que descreve a descoberta foi publicado na Astronomy & Astrophysics.

Fonte: Astronomy & Astrophysics, ESO