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The Walking Dead caminha para reta final, mas sem clima de despedida

Por| Editado por Jones Oliveira | 15 de Fevereiro de 2022 às 10h00

Divulgação/Star+
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Os preparativos para a despedida de The Walking Dead já começaram. A segunda parte da última temporada da série chega ao Star+ em 20 de fevereiro, preparando o terreno para dar o adeus definitivo a esses personagens — embora ainda tenha muita coisa para acontecer.

Ao todo, a temporada final vai ter 24 episódios divididos em três partes, ou seja, os novos episódios que chegam nos próximos dias servem justamente como esse meio campo, preparando o clímax para a conclusão definitiva. Por isso mesmo a expectativa pela estreia é altíssima: o que vamos ver a partir de agora é justamente o início do arco final dos heróis, os últimos passos antes de seu desfecho.

Só que, antes de isso acontecer, esses personagens vão ter que lidar com seus próprios desafios — e é aí que mora a graça de The Walking Dead. Como esses 11 anos de série nos mostraram, ninguém está realmente seguro e não há garantias de que eles chegarão vivos no capítulo final.

Do confronto de Maggie (Lauren Cohan) e seus companheiros contra os Ceifadores até o surgimento de uma nova governadora da Commonwealth, o futuro é incerto para todos — e é aí que mora a graça desse universo.

Fim sem cara de adeus

E justamente por terem passado tanto tempo prontos para verem seus personagens morrendo em algum dos episódios é que a proximidade da conclusão de The Walking Dead parece não chocar ou impactar o elenco. Na verdade, isso pode ser apenas a brecha para um novo retorno.

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Para atriz Lynn Collins, conclusão do arco de Leah na série não é necessariamente o fim — e que ela quer continuar nesse universo (Imagem: Divulgação/Star+)
Para atriz Lynn Collins, conclusão do arco de Leah na série não é necessariamente o fim — e que ela quer continuar nesse universo (Imagem: Divulgação/Star+)

Segundo a atriz Lynn Collins, que vive a personagem Leah, o seriado tem um universo tão rico e fácil de expandir com todos os spin-offs e demais projetos relacionados que é difícil pensar em um adeus mesmo quando ele parece óbvio.

“Essa é uma história sem fim. Mesmo que seu personagem morra, por exemplo, ele pode ter um episódio inteiro dedicado a ele em Tales of the Walking Dead”, explica. “Por mais que a gente fique em prantos com o fim da última temporada, a gente sabe que não é necessariamente o fim. A série terminou, mas aquele mundo ainda continua”.

E a atriz se mostra muito empolgada em continuar dentro desses novos projetos. Em entrevista ao Canaltech, Collins diz que sempre foi apaixonada por essa história antes mesmo de entrar no elenco e que se aproximar de nomes como Lauren Cohan e do próprio Norman Reedus a faz se apaixonar ainda mais por aquele universo pós-apocalíptico.

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Atriz deixou bem claro que quer continuar trabalhando com Norman Reedus (Imagem: Divulgação/Star+)
Atriz deixou bem claro que quer continuar trabalhando com Norman Reedus (Imagem: Divulgação/Star+)

Tanto que ela diz estar disposta a fazer qualquer coisa para continuar fazendo parte dele. “Não sei o quanto posso revelar, mas tem algumas opções de caminhos para spin-offs de The Walking Dead e tem alguns projetos em que Norman está trabalhando", revela. “Eu adoraria continuar. Faria qualquer outra coisa nesse universo e em que ele estiver fazendo”.

Essa filosofia de que o fim da série principal não é necessariamente um adeus é algo que ganha forma também com Lauren Ridloff. A diferença, contudo, é que a intérprete de Connie é um pouco mais misteriosa sobre o que vem em seguida. “Tudo o que posso dizer é que essa história em específico vai acabar em breve, mas nós estamos só começando”, diz. “Há todo um novo universo lá fora, esse mundo de The Walking Dead”.

O legado dos zumbis

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Só que não há como negar o impacto que é concluir uma história depois de 11 temporadas. A série se tornou um fenômeno ao longo desse tempo e foi responsável por colocar os zumbis mais uma vez no imaginário da cultura pop. Só que, para os atores, The Walking Dead faz mais do que isso.

De Eternos para The Walking Dead, Lauren Ridloff vê a série como um espelho da nossa realidade (Imagem: Divulgação/Star+)
De Eternos para The Walking Dead, Lauren Ridloff vê a série como um espelho da nossa realidade (Imagem: Divulgação/Star+)

Segundo Ridloff, o maior legado que vai ser deixado pela série é justamente o olhar para a realidade que essa história pós-apocalíptica oferece. Para ela, a jornada desses sobreviventes é, ao mesmo tempo, um espelho e uma janela para a nossa realidade.

"Quando as pessoas veem a série — e eu estou inclusa nisso —, elas sentem que estão vendo um reflexo do mundo real, com aquela estrutura que encontramos todos os dias. Vemos nossos amigos, parentes e inimigos na tela. Tudo está exagerado para causar mais emoção, mas basta você olhar com atenção para ver como é um reflexo perfeito de todas essas relações. E, ao mesmo tempo, ela também é essa janela que nos permite olhar para esse outro mundo na segurança das nossas salas. E o segredo de todo esse sucesso está no modo como a história usa isso tudo para representar muita gente no mundo real".
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Essa facilidade de se identificar com os personagens e seus conflitos é algo que deve marcar também esse final de temporada, uma vez que devemos ver a dualidade de heróis e vilões se acentuar à medida que a trama caminha para sua conclusão.

Para atrizes, The Walking Dead traduz bem mundo atual e apresenta lições importantes para o presente (Imagem: Reprodução/Star+)
Para atrizes, The Walking Dead traduz bem mundo atual e apresenta lições importantes para o presente (Imagem: Reprodução/Star+)

De acordo com Eleanor Matsuura, essa é uma característica que sempre acompanhou The Walking Dead ao longo de todos esses anos e que estará presente tanto em seus episódios finais como também parte desse legado que será deixado para o público.

“Todos nós temos um monstro dentro de nós, assim como esse lado cheio de esperança e coisas boas”, diz a Yumiko da série. “Aqueles personagens poderiam ser qualquer um de nós. Poderíamos ser um Rick ou um Negan, a depender das circunstâncias”.

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E mais do que trazer heróis e vilões nos quais o público pode se ver, The Walking Dead chega ao fim com lições para o público — ainda mais em um contexto no qual espectadores e personagens compartilham tantas semelhanças, como no caso da pandemia da covid-19.

Não por acaso, a atriz Paola Lázaro — a Juanita — diz que a luta contra os zumbis traduz muito bem o nosso mundo de agora e que é possível tirar mensagens importantes dessa história. Segundo ela, a série sempre destacou a importância das pessoas trabalharem em conjunto para encarar os problemas daquele mundo e que isso é algo que ressoa muito bem com o momento fora das telas.

“A série é sobre ser corajoso de muitas e muitas formas. Ela é sobre fazer escolhas em horas difíceis e nos ensina a ficar juntos para lutar por algo melhor. Mostra que, sozinhos, podemos ser fracos, mas juntos somos mais fortes", conclui.

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The Walking Dead estreia novos episódios da 11ª temporada no Star+ a partir do dia 20 de fevereiro.