Maricoin | Primeira criptomoeda LGBTQIA+ é lançada na Espanha
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 03 de Janeiro de 2022 às 18h20
A primeira criptomoeda LGBTQIA+ está em teste piloto em Chueca, conhecido como o bairro LGBTQIA+ de Madri, na Espanha. O teste começou na sexta-feira (31), envolve 10 empresas e deve durar uma semana.
- Criptomoedas ligadas a metaverso e pagamentos sobem mais de 10%; veja quais são
- Mercado Livre vai permitir transações de criptomoedas no MercadoPago
O nome da criptomoeda é Maricoin — um jogo de palavras que une maricón (um xingamento homofóbico em espanhol que é o equivalente a bicha em português) e coin (moeda, em inglês). Segundo os criadores, a ideia é aproveitar o poder econômico da comunidade para "mudar o mundo".
Os patrocinadores da Maricoin querem que ela comece a ser negociada em breve. Isso deve abrir caminho para que ela seja usada como meio de pagamento em negócios e eventos LGBTQIA+ em todo o mundo.
Manifesto de igualdade
A moeda digital será aceita em empresas que assinaram um manifesto de igualdade. A lista tem de restaurantes e cafés a lojas e hotéis. O documento defende os direitos de pessoas LGBTQIA+ e de "todos os que sofrem de exclusão".
Além disso, o manifesto prega uma "economia social, ética, transversal e transparente". "Os estabelecimentos que aceitarem nossa moeda serão incluídos em nosso mapa. Ele funcionará como um guia LGBTQIA+ para quem visita qualquer cidade do mundo", informa Francisco Álvarez, presidente-executivo do projeto.
Juan Belmonte, cofundador da iniciativa, diz que a ideia surgiu em uma festa com amigos no Orgulho de Madrid em julho de 2021. "Por que nossa comunidade não deve lucrar, em vez de bancos, seguradoras ou grandes corporações que muitas vezes não ajudam pessoas LGBTQIA+?", indaga.
Entre os apoiadores da Maricoin está a Borderless Capital, empresa de capital de risco de Miami (Flórida, EUA). Álvarez conta que a lista de espera para comprar Maricoins já tinha 8 mil interessados antes mesmo de a moeda começar a ser negociada.
Fonte: iG