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Instagram recomenda Reels sensuais para adolescentes, diz jornal

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Junho de 2024 às 16h50

Reprodução/Freepik
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Mesmo se uma conta de adolescente não procura por Reels de cunho sexual, o Instagram tem feito recomendações de conteúdo desse tipo. É o que aponta uma série de testes realizados pelo jornal The Wall Street Journal e pela professora universitária Laura Edelson, segundo reportagem publicada pelo veiculo. Durante meses de experimentos, tanto o jornal quanto a pesquisadora criaram contas no Instagram e definiram suas idades para 13 anos e, segundo o relato, não demorou para começarem a receber sugestões de Reels sensuais variados.

Vídeos cada vez mais explícitos

Segundo os testes, as contas que assistiram aos vídeos e pularam produções de outros temas, passaram a receber recomendações de Reels mais picantes com o passar do tempo.

Em outras palavras, assim que a pessoa abria o menu de vídeos criado para concorrer com o TikTok, o Instagram já apresentava vídeos de mulheres dançando enquanto imitam atos sexuais, de usuários mostrando rapidamente partes íntimas do corpo e até mesmo do ato sexual em si. Como as sugestões funcionam a base de algoritmos, é de se esperar que o conteúdo sensual apareça mais a cada uso do aplicativo.

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O Reels é um recurso muito popular no Instagram (Imagem: Divulgação/Instagram)

Meta sabia da situação

Ainda conforme o The Wall Street Journal, funcionários da Meta nos Estados Unidos já tinham conhecimento desse problema, pois haviam realizado experimentos no passado com resultados parecidos. Porém, o porta-voz da companhia Andy Stone afirmou que os testes da Big Tech foram apenas artificiais.

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"Este foi um experimento artificial que não corresponde à realidade de como os adolescentes usam o Instagram", frisa Stone. "A Meta estabeleceu um esforço para reduzir ainda mais o volume de conteúdo sensível que os adolescentes podem ver no Instagram e reduziu significativamente esses números nos últimos meses", completa. Vale lembrar que no início de 2024, Mark Zuckerberg disse que a Meta não tem que monitorar a idade dos jovens em suas plataformas.

O Canaltech entrou em contato com a Meta para solicitar um posicionamento e vai atualizar a matéria caso haja retorno.

TikTok e Snapchat não têm o mesmo problema

O jornal estadunidense e a professora universitária afirmaram que realizaram os mesmos testes no TikTok e no Snapchat, mas nenhuma das plataformas recomendou vídeos adultos para os perfis indicados como sendo de adolescente.

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Além disso, mesmo depois de usarem a barra de pesquisa dos apps para procurar por vídeos de cunho sensual, nenhuma conta de adolescente se deparou com sugestões de produções desse estilo.

Fonte: The Wall Street Journal