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Morre Maria Alice Vergueiro, que imortalizou o viral “tapa na pantera”

Por| 03 de Junho de 2020 às 18h20

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Reprodução/YouTube
Reprodução/YouTube

Se você é do tempo em que "na internet era tudo mato", provavelmente se lembra de um vídeo que bombou verdadeiramente: o Tapa na Pantera (2006). Numa época que antecede "Eita Giovana", "Já acabou, Jéssica" e "Sanduíche-íche", o curta-metragem protagonizado pela atriz Maria Alice Vergueiro conquistou a internet. Nesta quarta-feira (3), Maria Alice morreu de pneumonia. Ela estava internada na  Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Hospital da Clínicas, em São Paulo, com quadro grave, e seu corpo será cremado na próxima quinta-feira (4), em Itapecerica da Serra, de acordo com a sua filha, Maria Silvia.

O curta-metragem Tapa na Pantera, dirigido por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes, foi apresentado no 14° Festival de Gramado, na categoria independente, e ficou muito conhecido por causa da maneira humorística com o qual apresentou a relação entre uma mulher, interpretada por Maria Alice, e a maconha. Com frases marcantes do tipo "Fuma aqui, toma um chá" e "Eu fumo no cachimbo porque o que faz mal é o papelzinho", o curta já foi assistido por milhões de pessoas. 

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Mas a longa carreira de Maria Alice acontece nos palcos. Apelidada de “musa do underground", já chegou a protagonizar um espetáculo em que encenou o próprio velório, o Why the Horse? (2015). Maria Alice também encarou uma luta incansável contra o Parkinson. Maria Alice estreou no teatro em 1962, numa época em que a ditadura militar tomava conta do país. O Rei da Vela (1967), Galileu Galilei (1975) e A Ópera do Malandro (1978) foram espetáculos que contaram com sua interpretação.

Maria Alice também interpretou vários papéis em novelas de televisão, como Lucrécia em Sassaricando, em 1987, e filmes como Cronicamente Inviável, em 2000. Protagonizou em 2016 o curta-metragem Rosinha, dirigido por Gui Campos, que recebeu mais de 40 prêmios nacionais e internacionais, inclusive o Prêmio Especial do Júri no 44º Festival de Gramado.

Fonte: Estadão