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Ping – o que é e para que serve

Por| 18 de Fevereiro de 2016 às 11h30

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Ping – o que é e para que serve
Ping – o que é e para que serve

Quem joga online, principalmente, já ouviu falar bastante sobre o ping, com reclamações pós-game sobre como ele “atrapalhou” e fez com que um amigo, ou rival, ou ambos, perdesse ou mandasse mal em uma partida. Mas longe das partidas online e das desculpinhas dadas por jogadores que não aceitam a derrota, essa acaba sendo uma ferramenta bastante importante em qualquer tipo de infraestrutura para verificar o estado da rede e também a atividade dos equipamentos conectados a ela.

Antes de ficar popularmente conhecido apenas como ping, essa era uma sigla para Packet Internet Network Groper, ou “Localizador de Pacotes na Rede de Internet”, em uma tradução simples. Presente em praticamente todas as redes e sistemas operacionais, trata-se de um sistema que envia um pequeno conjunto de dados para máquinas conectadas a uma rede e calcula o tempo que ela leva para receber e responder a ele.

Além da existência de um dispositivo conectado em si, o resultado de um ping também permite obter informações sobre a qualidade da transmissão de dados, principalmente sobre a latência. O conceito, aqui, se refere ao tempo entre o envio do pacote de dados e o recebimento da resposta. Quanto maior, em milissegundos, mais difícil fica a sincronização de dados em tempo real.

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E se você está pensando em pingue-pongue, está correto. Se os termos técnicos são demais para você, imaginar o esporte é a maneira correta. Os dados são a bolinha e, de um lado está o remetente, e de outro o destinatário. Enquanto ela continuar indo de um lado para o outro da mesa, tudo está correndo bem. E se o jogo acontecer de maneira extremamente veloz, assim como na habilidade dos atletas, melhor estará a saúde da rede.

Faça você mesmo

Apesar de ser um recurso muito mais utilizado por administradores de rede ou especialistas, qualquer pessoa pode realizar um teste de ping para, por exemplo, testar a qualidade da própria conexão. O processo é feito a partir do Prompt de Comando, no Windows, ou do Terminal, no OS X e Linux.

Nas máquinas que rodam o sistema da Microsoft, basta abrir o menu Iniciar e, no campo de busca, digitar “cmd” ou “prompt de comando” na janela de busca. No Mac OS X, o caminho é acessar a pasta de aplicativos e, depois, a de Utilitários, selecionando o Terminal. No Linux, o recurso normalmente se encontra na pasta Acessórios ou pode ser acessada pelo atalho de teclas Ctrl + Alt + T.

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Independentemente do sistema operacional, você estará diante de uma janela como essa. E para fazer um teste, basta digitar a palavra ping seguida da URL de um site cuja conexão será testada, ou então o endereço IP de uma máquina que esteja conectada à sua rede.

Diversas informações quanto à qualidade da conexão serão exibidas na tela, em sucessão, e o sistema normalmente realizará quatro envios de dados para medir os resultados. Na sequência, surge a análise e os números que indicam a qualidade da rede e a velocidade de transmissão.

São sempre 32 bytes sendo enviados, e ao lado, em tempo, podemos ver o período exato entre o envio do pacote e o recebimento de resposta. Depois, em TTL, temos o “tempo de vida” de um pacote, ou seja, o máximo que ele vai percorrer a rede antes de ser recebido. Se isso não acontecer, no caso de um dispositivo de rede inexistente ou problemas de conexão, por exemplo, ele é descartado.

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Ao final estão as estatísticas gerais sobre o teste de ping, com o número de pacotes que foram enviados para o servidor e quantos deles foram recebidos ou perdidos durante o processo. Além disso, o sistema facilita a vida do usuário ao indicar o menor e o maior tempo entre envio e recebimento de resposta, além de dar uma média que representa a latência do equipamento usado para testes em relação ao servidor ou outro dispositivo. Basicamente, é o seu “número ping”.

Além disso, existem sites dedicados exclusivamente a testar conexões de internet com base no ping, sem que seja preciso acessar prompts de comando ou lidar com códigos e telas pretas cheias de informação. É o caso, por exemplo, do Teste Seu Ping, que aos moldes dos já conhecidos velocímetros realiza verificações em sequência e entrega os resultados de forma um pouco mais amigável para o usuário.

Seja como for, vale a máxima: quanto maior for o seu ping, pior está a qualidade de transferência de dados e a qualidade de sua rede. Isso pode acabar interferindo em atividades que necessitam de atualização de dados em tempo real, como por exemplo a jogatina online, o uso de softwares de voz sobre IP ou os trabalhos usando sistemas de colaboração.

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E agora, o que eu faço?

São diversos os fatores que podem interferir na velocidade de transmissão dos dados. E, infelizmente, como se trata de uma questão de infraestrutura, normalmente não há muito o que o usuário possa fazer para solucionar o problema a não ser tomar medidas para minimizar a questão.

Uma boa escolha é, sempre, preferir conexões cabeadas para tarefas que exigem grande velocidade e confiabilidade na transmissão de dados. Apesar da comodidade que uma rede Wi-Fi proporciona, ela também apresenta suas instabilidades e pode sofrer interferência de outros dispositivos que estejam nos arredores. Por isso, invista em cabos para seu console e PC para melhorar a velocidade da internet.

Outra boa alternativa é evitar usar aplicações que demandem alta taxa de dados de forma simultânea. A não ser que sua conexão seja realmente muito boa, evite, por exemplo, usar programas de torrent enquanto tenta falar com alguém pelo Skype ou acessar aquele tutorial no YouTube enquanto se está jogando online. Lembre-se, sua banda é uma só e está sendo dividida por todas essas atividades.

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Resetar o modem e o roteador de internet de vez em quando também pode ser uma solução não apenas para reduzir o ping, mas também resolver diversos outros problemas de internet. Para fazer isso, basta desligar os dispositivos da tomada e aguardar alguns segundos, ligando-os novamente. Em alguns casos isso pode até mesmo modificar o IP da sua conexão, o que também pode ser vantajoso na melhoria.

Se nada disso resolver, infelizmente, a única opção que resta é ligar para a operadora de internet e reclamar. Muitas vezes, a empresa pode estar com algum tipo de problema na transmissão de dados, e a sua ligação poderá chamar a atenção para o caso. Em outros, uma mudança na rota de transmissão de seus dados pela rede também pode resolver, e esse é um processo que precisa ser feito pela companhia que lhe presta serviços.

Além disso, vale a pena atentar para fatores que estão fora do alcance dos usuários e da própria operadora. Durante horários de pico de utilização – em horário comercial, por exemplo – existe uma maior quantidade de pessoas compartilhando a mesma rede e, com isso, tudo pode acabar ficando um pouco mais lento. Após às 18h, e principalmente durante a madrugada, a tendência é que o congestionamento diminua e a qualidade da conexão melhore.

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