Internet móvel ficou mais cara no Brasil; veja valores
Por Vinícius Moschen | •

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou um novo relatório referente à operação de empresas do setor no segundo trimestre deste ano. O levantamento mostrou mais um aumento no preço médio da internet móvel, entre outras informações.
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Cada GB da internet móvel está custando, em média, R$ 6,19. Esse valor representa um acréscimo de 12,34% em relação a 2024, quando custava R$ 5,51.
Esta é a quinta alta consecutiva após um período de queda entre 2021 e 2024. Além disso, o consumo médio caiu 1,25%, saindo de 5,63 GB para 5,56 GB por usuário.
Já a receita média das empresas por usuário é de R$ 32,73, em que R$ 27,75 são provenientes especificamente de serviços de dados.
O movimento de maior preço e menor consumo da internet móvel contrasta com a realidade da banda larga fixa, que teve resultados contrários.
Para essa modalidade, o preço médio do GB na banda larga fixa é de R$ 0,25 — uma queda de 17,71% em um ano.
Já o consumo médio por residência foi de 385 GB, uma alta de 18,36% no período. Além disso, a receita média por usuário na banda larga fixa é de R$ 95,61.
Contrastes entre serviços de internet móvel e fixa
De acordo com o Relatório de Monitoramento da Competição, 56,4% das operadoras de internet fixa são PPP - Prestadoras de Pequeno Porte.
No total, são mais de 22,5 mil prestadoras ativas, em que 8 mil remetem informações de acessos à Anatel. São dados que reforçam a pulverização do mercado.
O mercado móvel, por outro lado, é concentrado em Claro, Vivo e TIM, que detêm 95% do mercado. A Anatel ainda apontou que a Vivo foi a única não-PPP a crescer no período analisado.
Os serviços de internet móvel geraram R$ 23,84 bilhões para o setor. O valor consolida o segmento como o principal gerador de receitas dentro das telecomunicações.
Já a banda larga fixa registrou R$ 6,82 bilhões em receita, um valor que se manteve estável em relação aos períodos anteriores.
Em declínio, os serviços de telefonia fixa tiveram receita de R$ 1,77 bilhão. Também em queda, a TV por assinatura arrecadou R$ 1,48 bilhão.