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Huawei já realizou testes do 5G no Brasil, mas diz que país está “atrasado”

Por| 10 de Julho de 2019 às 11h52

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O Brasil não está tão bem assim no processo para adoção do 5G. A afirmação vem de Nicolas Driesen, diretor de tecnologia da Huawei, que disse à Reuters que o nosso país “tem desafios” em alcançar o nível de implementação prometido em outras nações da América Latina.

O executivo confirmou que testes com o 5G já foram conduzidos pela empresa junto às quatro operadoras de telefonia mais proeminentes do Brasil: TIM, Claro, Vivo e Oi. Embora os testes tenham sido satisfatórios no aspecto técnico, eles também revelaram que outros países podem apresentar um desempenho de implementação mais aprimorado em relação ao nosso país.

“Estamos trabalhando com o 5G desde 2009 e nossa tecnologia de ponta a ponta tem custo mais competitivo por permitir a reutilização de alguns equipamentos de gerações passadas”, disse Driesen. Ele comentou que o trabalho junto às empresas de telefonia móvel locais também inclui o auxílio e consultoria na modernização de maquinário para instalação da velocidade nova.

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O atraso mencionado por Driesen não é sem base: em abril deste ano, o Uruguai tornou-se o primeiro país da América Latina a implementar a conexão 5G em caráter comercial, ou seja, disponível para o público. “O México já está uns dois anos à frente do Brasil, também”, aponta Driesen. Segundo ele, nós ainda podemos alcançar o mercado se a licitação prevista para ocorrer em março de 2020 não atrasar — um temor de especialistas do mercado de telecom nacional, já que as normas de participação do processo de licitação ainda não foram definidas.

Outro problema é a legislação excessivamente burocrática brasileira no que tange à aquisição e instalação de antenas: “Uma boa cobertura 5G geralmente exige cinco vezes mais antenas [do que a média brasileira oferece], mas aqui as regras variam de cidade para a cidade, tornando o processo mais complicado”, explicou o executivo. Ainda de acordo com ele, uma mudança nessa parte da lei beneficiaria muito o nosso mercado. Vale dizer: essas mudanças já são uma exigência antiga de empresas do setor à Agência Nacional de Telecomunicações.

Fonte: Reuters