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6G vai precisar de 3x mais espectro que 5G; benefícios ainda são incertos

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Rawpixel.com/PxHere
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Um novo relatório da GSMA (Global System for Mobile Communications Association), intitulado "Visão 2040: Espectro para o Futuro da Conectividade Móvel", alertou que redes 6G exigirão um aumento de até 3x na capacidade de espectro para sustentar o potencial crescimento digital global.

As metas específicas para o período entre 2035 e 2040 indicam que os países precisarão de uma média global de 2 a 3 GHz de espectro, enquanto áreas de alta demanda necessitarão de 2,5 a 4 GHz.

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Para referência, na atualidade, a maioria dos países possui cerca de 1 GHz identificado. 

O conceito de capacidade de espectro define o limite de dados transferidos por segundo em redes móveis, em uma faixa de frequências determinada. Sua expansão permite o suporte a um volume superior de usuários conectados, e ao crescimento da taxa média de transferência para cada cliente.

Caso o espectro de banda média permaneça nos níveis atuais, cidades com mais de 50% da população urbana mundial enfrentarão restrições de capacidade já em 2030, segundo o levantamento. 

Na prática, a falta de expansão levaria à redução da qualidade do serviço, da estabilidade e causaria impacto negativo na experiência.

John Giusti, Diretor de Regulação da GSMA, afirmou que o cumprimento desses requisitos de espectro apoiará uma “conectividade robusta e sustentável”, capaz de atender às ambições digitais e ajudar as economias a crescerem.

6G: tecnologia futura demanda ação no presente

A implementação comercial do 6G está prevista para iniciar em 2030. No entanto, o estudo alerta que governos e reguladores devem agir imediatamente, visando a conferência mundial de radiocomunicações WRC-27, que ocorrerá na China. 

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Neste contexto, a ação rápida pode evitar futuros congestionamentos de rede e perda de oportunidades econômicas na próxima década.

Afinal, espera-se que existam mais de 5 bilhões de conexões 6G até 2040. O tráfego móvel global pode atingir 3.900 exabytes por mês em um cenário de alto crescimento — cada exabyte é equivalente a 1 milhão de TB. 

Portanto, o volume é proporcional a um consumo mensal de 140 a 360 GB por cada conexão móvel estabelecida. 

As necessidades são ditadas pelas zonas urbanas densas, onde 83% do tráfego móvel deve ocorrer em apenas 5% da área terrestre global. Essas localidades representam uso nove vezes maior que em outras zonas urbanas, e quase 700 vezes maior que em áreas rurais.

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Segundo a GSMA, a demanda será impulsionada pela adoção contínua do 5G, por usuários intensivos e por novas aplicações 6G, como realidade estendida e sistemas autônomos.

Vivek Badrinath, Diretor Geral da GSMA, declarou que o 6G não chegará através de um único avanço: 

“[O 6G] fornecerá capacidade para novas aplicações enquanto apoia o desenvolvimento de serviços que estão surgindo hoje”, completou ele

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