Solfácil amplia negócios e cria marketplace para peças de energia solar

A Solfácil, startup que financia a instalação de placas de energia solar, criou no mês passado um marketplace para gerar negócios entre distribuidores de equipamentos e os integradores, ou seja, empresas que vendem os projetos aos consumidores. Segundo o Reset, a empresa chegou a conceder R$ 900 milhões em crédito para 30 mil famílias e pequenos comércios.

• Musk explicará à Justiça compra de empresa de energia solar por US$ 2,6 bi
• Tecnologia de spray com IA pode transformar qualquer superfície em painel solar

A empresa surgiu em 2018 com a intenção de popularizar o acesso a projetos com placas fotovoltaicas nos telhados brasileiros. Esse tipo de equipamento costuma ser caro, com orçamentos na faixa dos R$ 15 mil a R$ 20 mil. Então a empresa atuou no crédito exclusivo para esse serviço. Mas agora quer deixar de ser só uma fintech para incorporar diversos serviços no setor de geração solar distribuída.

De acordo com Guillaume Tiret, francês cofundador e atual chefe de finanças da Solfácil, os integradores de projetos são empreendimentos em sua maioria pequenos, espalhados no interior do país e mais próximos do comércio local do que do grande distribuidor de energia solar. "O marketplace vai fazer a ponte entre o distribuidor que compra da China e não tem capilaridade e os nossos 7 mil integradores”, diz Tiret ao Reset.

A Solfácil rejeitou a possibilidade de crescer dentro do ambiente de fintechs, como por exemplo financiando outros produtos e serviços. “Mas não queremos financiar geladeiras. Nossa paixão é o sistema solar e, depois do marketplace, partiremos para oferecer serviços. Mas realizar instalações está fora dos nossos planos”, afirma o executivo.

A empresa captou, em junho deste ano, US$ 30 milhões (R$ 160 milhões na época) em rodada série B liderada pelo fundo de capital privado norte-americano QED Investors. “Nossos acionistas nos provocaram sobre uma nova rodada, mas estamos pensando se antecipamos a série C por causa do ano eleitoral, que deve ser turbulento, ou seguimos até 2023 com nosso caixa”, diz Tiret.

Fonte: Reset