Meta anuncia startups selecionadas para soluções no agronegócio brasileiro
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge |
A segunda edição do Campo Digital, que busca soluções para o agronegócio brasileiro com foco em pequenos e médios produtores, já selecionou as dez startups que vão participar do projeto. A iniciativa é o primeiro programa de aceleração de startups da Meta para identificar soluções para a agricultura na América Latina e tem a Baita Aceleradora, sediada no Parque Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), como parceira.
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Os projetos foram avaliados por especialistas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Embrapa Agricultura Digital, da Inova Unicamp, da Unifei e do Instituto de Pesquisas Eldorado. Na escolha, foram considerados a relevância das propostas e o atendimento aos objetivos do programa: melhorar produtividade, eficiência ou sustentabilidade no campo.
Carolina Ferracini, gerente de políticas públicas da Meta, diz que o apoio a pequenos negócios é chave nos esforços para o desenvolvimento de comunidades locais. "Quando falamos em agronegócio, diversas soluções atendem às grandes propriedades, mas não são acessíveis aos pequenos”, aponta. “Nosso objetivo é fortalecer empresas que pensam e produzem inovação para que tragam mais eficiência e escala para o pequeno produtor, ao longo de toda a cadeia de produção."
Como é o programa de startups da Meta no Brasil
Nos próximos quatro meses, as startups participarão de sessões de mentoria conduzidas pela Baita e pela Meta, orientação para definir objetivos e avaliar o modelo de negócio, palestras, workshops e networking com investidores, hubs e profissionais do agronegócio.
Além disso, as empresas receberão capacitação técnica de especialistas da Esalqtec, incubadora de empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq), da Universidade Federal de Itajubá, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Unicamp. Todas essas instituições são reconhecidas pela formação de profissionais e pelo desenvolvimento de tecnologia para o agronegócio.
O programa termina em abril de 2022. Nesse momento, as startups definirão, em conjunto com a Baita, os próximos passos para oferecer suas soluções de forma independente. No Demoday, que marca a conclusão do programa, os fundadores das empresas apresentarão seus modelos de negócio para especialistas e investidores do agronegócio. Veja, a seguir, as startups selecionadas.
1. AgroForte, de São Paulo (SP)
Usa uma plataforma 100% digital para oferecer crédito rápido e sem burocracia para pequenos e médios produtores das cadeias de proteína animal.
2. Fuga pras Colinas, de Tapiraí (SP)
Especialista em orientar os produtores no acesso de internet de boa qualidade no campo.
3. Autoponia, de Itajubá (MG)
Digitaliza o cultivo hidropônico e permite monitoramento 24 horas, controle automático da nutrição e relatórios com análises gráficas.
4. Fazenda Cheia, de Florianópolis (SC)
Leva tecnologia ao rebanho para acelerar a produtividade de pequenos e médios produtores rurais.
5. Agrity, de Nova Mutum (MT)
Conecta compradores e vendedores de grãos em um ambiente seguro para facilitar a negociação e oferece recursos que ajudam a obter mais lucro nas operações.
6. Fazu Rede de Fazendas Urbanas, de São Paulo (SP)
Instala fazendas hidropônicas dentro de cidades, o que minimiza tempo e distância entre colheita e consumo de hortaliças em grandes centros urbanos.
7. IDGeo, de Piracicaba (SP)
Oferece diagnóstico, monitoramento e gestão remota a produtores, enquanto enriquece seu conhecimento para produzir melhor.
8. Aquabit, de Cascavel (PR)
Auxilia pequenos e médios produtores que querem melhorar processos, reduzir custos e aumentar a partir da gestão e do controle da produção.
9. BIA Technology, de São Francisco do Sul (SC)
Ajuda produtores de leite a identificarem mastite bovina em 8 segundos.
10. Central do Boi, de Porto Alegre (RS)
Ecossistema online para facilitar a comercialização de gado e de insumos para a pecuária de corte.