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Spotify terá alerta sobre conteúdo enganoso, mas mantém brecha para negacionismo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Janeiro de 2022 às 19h45

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EyestetixStudio/Pixabay
EyestetixStudio/Pixabay
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O Spotify lançou novas medidas para combater a desinformação e as fake news. A atualização foi anunciada no último domingo (30), depois que os artistas Neil Young e Joni Mitchell boicotaram a plataforma em resposta à presença de podcasts como o do humorista Joe Rogan na plataforma.

De acordo com o presidente e fundador da empresa, Daniel Ek, será implementado um aviso de conteúdo em podcasts relacionados à covid-19, que inclui um link para direcionar os ouvintes para uma página oficial com informações cientificamente precisas, além de links para podcasts da BBC, ABC News e Foreign Policy.

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"Estamos trabalhando para adicionar um alerta de conteúdo para qualquer episódio de podcast que inclua discussão sobre a Covid-19. Este alerta direciona os ouvintes para o nosso Hub dedicado à covid-19, um recurso que dá acesso fácil a fatos, informação atualizada e compartilhada por cientistas, médicos, acadêmicos e autoridades de saúde pública ao redor do mundo, assim como links para fontes confiáveis", escreveu Ek, no comunicado oficial.

"É importante para mim que não assumamos a posição de censor de conteúdo, ao mesmo tempo em que nos certificamos de que existem regras e consequências para aqueles que as violam", acrescentou ele.

A nova medida deve ser implementada nos próximos dias para responder às insatisfações dos artistas e dos usuários em relação à postura do Spotify sobre conteúdos que promovem desinformação, como o podcast The Rogan Experience, do comediante Joe Rogan.

Diretrizes do Spotify permitem negacionismo no app

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No último domingo (30), a chefe de comunicações globais e relações públicas do Spotify, Dustee Jenkins, escreveu uma mensagem na plataforma de comunicação da empresa, o Slack, em que abordava as preocupações dos funcionários em relação à presença de Joe Rogan na plataforma depois do protesto de Young.

Com base em capturas de tela da mensagem recebidas pelo The Verge, Jenkins informou que “lidera as relações públicas” e que a empresa chegou a revisar diversos episódios considerados controversos do The Joe Rogan Experience, mas determinou que nenhum deles ultrapassava “o limite para remoção”.

"Aplicamos nossas políticas de forma consistente e objetiva", escreveu Jenkins. "Elas não são influenciadas pelo ciclo da mídia, por chamadas de qualquer indivíduo ou de parceiros externos. Isso não significa que eu pessoalmente concordo com este conteúdo. Mas eu confio em nossas políticas e na lógica por trás delas" acrescentou ela.

A mensagem publicada também conta com um link que leva a uma página interna de diretrizes de conteúdo da plataforma, que, de acordo com a chefe de comunicações, estão em vigor há muito tempo.

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As regras proíbem a negação da existência de Aids ou covid-19, o incentivo a contração deliberada de qualquer doença grave ou que promova risco de vida, a sugestão de que consumo de água sanitária pode levar a cura de várias doenças e que o uso de uma máscara causará danos físicos eminentes e risco de vida ao usuário, além de promover a ideia de que vacinas são projetadas para causar morte.

No entanto, as diretrizes mencionadas aparentemente permitem aos criadores de conteúdo dizer que as vacinas causam a morte, mas não que elas são projetadas para causar a morte. Da mesma forma, elas permitem que os podcasters digam que usar uma máscara é ineficaz, mas não que o uso de máscaras causará danos iminentes e com risco de vida.

Até o momento, o Spotify não respondeu às questões sobre a declaração de Jenkins, a política de conteúdo e o prazo para a divulgação dela.

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Fonte: The VergeSpotify