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EUA proíbe antivírus Kaspersky no país alegando ameaça nacional

Por| 22 de Junho de 2024 às 09h10

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O governo norte-americano anunciou, nesta quinta-feira (20), a proibição do antivírus Kaspersky no país, com a acusação de representar um “risco à segurança nacional”. Segundo declaração oficial, a empresa com sede na Rússia estaria cooperando com o governo russo para compartilhar informações dos cidadãos americanos. A Kasperky nega as acusações.

O governo dos Estados Unidos disse, em comunicado oficial, que realizou uma investigação “longa e minuciosa”, concluindo que “as operações contínuas da Kaspersky no país apresentavam um risco à segurança nacional”. A acusação é de que o governo russo teria total capacidade de influenciar ou digirir as operações do antivírus.

Com isso, a Kaspersky Lab Inc. subsidiária da empresa nos EUA, será proibida de vender licenças, além de lançar atualizações para cidadãos norte-americanos. O prazo é até 20 de julho para venda de softwares e produtos, e até 29 de setembro para atualizações de software.

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A Kaspersky respondeu às acusações. Em comunicado ao site The Register, a empresa russa disse que a decisão da Casa Branca foi tomada única e exclusivamente baseado no “atual clima geopolítico e nas preocupações teóricas, e não em uma avaliação abrangente de integridade dos produtos e serviços da Kaspersky”.

Além do banimento na distribuição do antivírus, a Kaspersky foi incluída à lista de restrições de negócios, dificultando ou impossibilitando os negócios da empresa russa com norte-americanos. Porém, no comunicado oficial, a administração Biden disse que não punirá quem já possui o antivírus, embora deixe claro que:

“Qualquer indivíduo ou empresa que continue utilizando os produtos e serviços da Kaspersky assume toda a segurança cibernética e os riscos associados ao fazê-lo”, disse a Casa Branca.

O desenvolvedor afirmou, ainda, que "buscará as opções legalmente disponíveis para preservar suas operações e relacionamentos atuais”. Caso você não se lembre, a mesma situação aconteceu com chinesa Huawei em 2019, acusada de compartilhar informações dos seus negócios nos EUA com o governo chinês. A empresa continua impedida de fazer negócios no país.

O que diz a Kaspersky

Em nota, a Kaspersky afirmou que a medida não afeta sua capacidade de vender produtos e serviços de cibersegurança no país e que segue "comprometida em proteger o mundo das ciberameaças".

Confira o comunicado na íntegra:

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A Kaspersky está ciente da decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos de proibir o uso do software Kaspersky no país. A decisão não afeta a capacidade da empresa de vender e promover produtos de inteligência contra ciberameaças e/ou treinamentos nos EUA.

Apesar de propor um sistema no qual a segurança dos produtos da empresa pode ser verificada de forma independente por empresas terceiras de confiança, a Kaspersky acredita que o Departamento de Comércio tomou sua decisão com base no atual cenário geopolítico e preocupações teóricas, em vez de uma avaliação técnica sobre a integridade dos produtos e serviços da Kaspersky. A Kaspersky não se envolve em atividades que ameacem a segurança nacional dos Estados Unidos e, na verdade, fez contribuições significativas com relatórios e proteção contra uma variedade de ameaças que visavam os interesses dos EUA e seus aliados. A empresa pretende buscar todas as opções legais disponíveis para preservar suas operações e relações atuais.

Por mais de 26 anos, a Kaspersky tem cumprido sua missão de construir um futuro mais seguro, protegendo mais de um bilhão de dispositivos. A Kaspersky fornece produtos e serviços líderes de mercado para clientes ao redor do mundo para protegê-los de todos os tipos de ciberameaças, demonstrando repetidamente sua independência frente a qualquer governo. Além disso, a Kaspersky implementou medidas de transparência inéditas entre seus pares da indústria de cibersegurança, com o objetivo de demonstrar seu forte comprometimento com a integridade e confiabilidade. A decisão do Departamento de Comércio ignora injustamente as evidências.

O principal impacto dessa medida é uma vantagem para o cibercrime. A cooperação internacional entre especialistas de cibersegurança é crucial na luta contra o malware e a decisão restringirá esses esforços. Além disso, tira a liberdade que, consumidores e organizações, grandes e pequenas, deveriam ter de usar a proteção que desejam. Neste caso, forçando-os a se afastar da melhor tecnologia antimalware do setor, de acordo com testes independentes. Isso causará uma interrupção dramática para os clientes da empresa, que serão forçados a substituir urgentemente a tecnologia que preferem e na qual confiaram para sua proteção por anos.

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A Kaspersky continua comprometida em proteger o mundo das ciberameaças. O negócio da empresa permanece resiliente e forte, marcado por um crescimento de 11% nas vendas em 2023. Estamos ansiosos pelo que o futuro reserva e continuaremos a nos defender contra ações que buscam prejudicar injustamente nossa reputação e interesses comerciais.

Fonte: Departamento de Indústria e Segurança; The Register