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Como seria a pior linguagem de programação da história? Desenvolvedor explica

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Abril de 2022 às 18h20

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Unsplash/Arif Riyanto
Unsplash/Arif Riyanto

Uma noção comum das pessoas é que ao aprender a história de algo, os erros ali cometidos não serão repetidos no futuro. Para Mark Rendle, um desenvolvedor de software com 30 anos de carreira e conhecido no meio de Tecnologia da Informação (TI) como uma figura um tanto engraçada, o passado serve para outra coisa: poder criar coisas ainda piores, principalmente quando se trata de linguagens de programação.

Esse argumento foi detalhado por Rendle em uma palestra ministrada por ele na conferência NDC de 2021, realizada na Noruega. Durante o discurso, que recentemente virou viral entre comunidades de TI na internet, o desenvolvedor veterano explica como em seus anos de carreira ele trabalhou com algumas linguagens de programação horríveis — e logo depois ele afirma que pretende unir todas as características que fizeram essas experiências serem negativas em uma única nova programação para a criação do pior código da história dos computadores.

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A palestra, então, vira uma coleção de relatos que muitos desenvolvedores podem se identificar — por exemplo, Rendle mostra dois códigos semelhantes de Python, mas um que funciona e outro que retorna erros na compilação pelo espaçamento entre as funções. Esse momento um tanto irritante se torna a base para a formatação confusa da linguagem que o desenvolvedor veterano quer criar, com obrigatoriedade e requisitos muito mais bizarros do que o pequeno incomodo do exemplo citado.

A numeração das linhas de código também segue conceitos confusos: somente as sessões utilizadas para algumas funções especificas serão numeradas — com o detalhe que só poderão ser utilizados múltiplos de 42 em homenagem ao Guia do Mochileiro das Galáxias.

A pior linguagem de programação do mundo e suas falhas dramáticas

O conceito da pior linguagem do mundo de Rendle não para nos detalhes acima. O desenvolvedor também comentou que a filosofia que plataformas de programação devem ser criadas para encorajar os usuários não parece nem um pouco divertido, e disse que no seu projeto, os programadores devem se sentir como o Indiana Jones explorando algum templo antigo — a qualquer momento, no menor dos erros, tudo pode acabar.

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Para alcançar esse objetivo, o desenvolvedor acredita que as coisas mais simples devem ser implementadas na linguagem da forma mais complicada possível — inclusive com zero automatização de recursos mais complexos, deixando tudo nos braços do programador.

Além disso, situações que acabam sendo hábitos para programadores também seriam modificadas — em vez de usar o cifrão para declarar variáveis, como muitas linguagens fazem, o projeto de Rendle utilizaria o símbolo do euro, que além de contraintuitivo também não é facilmente digitado através da maioria dos teclados do mundo.

Uma grande piada sobre linguagens de programação

A palestra de Rendle vem obtendo popularidade online, com discussões em site como Reddit contando com usuários comentando sobre a pior linguagem do mundo e como ela pode ser piorada.

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Mas tudo, no fim, é só uma grande piada. A mesma palestra já havia sido feita por Rendle em 2014, e ele, na mais recente atividade, comentou que ficou chocado quando participantes tentaram realmente criar uma linguagem assim — além de comentar no Twitter que vários programadores o procuram com sugestões.

Rendle afirma que a ideia da palestra é brincar com as habilidades e o dia a dia dos programadores que, muitas vezes, mesmo sendo parte fundamental do mundo moderno, acaba contando com vários pequenos problemas de otimização e usabilidade que não são abordados pelos criadores desses códigos — o que, para o comediante, é um caso clássico de "se funciona, para que arrumar".

Fonte: TheNewsStack