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Chefe de tecnologia da Microsoft pede fim do uso de C e C++ em novos projetos

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Setembro de 2022 às 18h20

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Kevin Ku/Unsplash
Kevin Ku/Unsplash

Mark Russinovich, diretor de tecnologia da Azure, plataforma de computação em nuvem para fins corporativos da Microsoft, declarou que as linguagens de programação C e C++ não devem mais ser usadas para novos projetos. Segundo o executivo, os próximos empreendimentos devem ser construídos em Rust, que garantiria muito mais segurança e confiabilidade.

“É hora de parar de iniciar qualquer novo projeto em C/C++ e usar Rust para aqueles cenários onde uma linguagem sem coletor de lixo é necessária”, escreveu Russinovich em sua conta no Twitter. “Por uma questão de segurança e confiabilidade, a indústria deve declarar esses idiomas como obsoletos”, disparou o executivo.

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Principais softwares da Microsoft são escritos em C e C++

Os comentários do diretor da Microsoft são um tanto quanto estranhos, já que alguns dos principais produtos da empresa, como Windows, Office e SQL Server são amplamente escritos em C e C++. Softwares do Linux, que têm uma presença massiva dentro da nuvem do Azure, também são desenvolvidos usando as principais linguagens da família C.

No entanto, essa não é a primeira vez que a Microsoft defende o uso de Rust para melhorias na segurança do software. Há cerca de três anos, o Microsoft Security Response Center (MSRC) disse que a linguagem era uma alternativa melhor do que C e C++. Segundo eles, escrever softwares em Rust poderia eliminar até 70% dos problemas de segurança dos softwares.

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Em que Rust se destaca?

A maior parte dos aplicativos de negócios que são usados no Azure são escritos em linguagens de alto nível, como Java, JavaScript, Python e C#. Esses sistemas são muito mais seguros do que C e C++, mas não são adequadas para programar sistemas, onde a sobrecarga e a imprevisibilidade de tempo de execução ou do coletor de lixo de memória são inaceitáveis.

Rust, por sua vez, é projetada para a programação de sistemas, e possui recursos de segurança de memória que têm como base o conceito de propriedade de valores imposta pelo compilador. A linguagem nem sempre é segura para a memória, mas ao usar a palavra-chave “unsafe” os desenvolvedores podem chamar funções inseguras e realizar mais uma série de ações.

Mesmo sendo defendida por nomes importantes da indústria, que vão além do próprio Mark Russinovich até o criador do Linux, Linus Torvalds, Rust é uma linguagem bem menos popular do que C e C++. Parte desse problema se dá por conta da falta de desenvolvedores especializados em Rust, que tem um nível de aprendizado bem mais complexo que outros sistemas.

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Fonte: Dev Class