Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

App LGBTQIA+ Grindr desaparece das lojas de aplicativos da China

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Janeiro de 2022 às 19h09

Link copiado!

App LGBTQIA+ Grindr desaparece das lojas de aplicativos da China
App LGBTQIA+ Grindr desaparece das lojas de aplicativos da China

O app de encontros LGBTQIA+ Grindr desapareceu repentinamente das lojas de aplicativos da China e o recente movimento pode ser parte da “campanha de purificação da Internet” do país. A iniciativa busca retirar todo conteúdo online considerado ilegal pelas autoridades antes do Ano Novo Chinês e das Olimpíadas de Inverno de Pequim de 2022.

O aplicativo supostamente desapareceu da loja de aplicativos do iOS em 27 de janeiro, mas não se sabe quando ele foi removido das lojas de aplicativos do Android, operadas pelas empresas locais Huawei e Tencent, na ausência do Google Play.

A campanha com duração de um mês anunciada pela Administração do Ciberespaço da China na semana passada, busca reprimir conteúdos que violem as leis da internet do país, além de comportamentos online que demonstrem "ostentação vulgar de riqueza", "adoração ao dinheiro" e "superstição" para promover um “ambiente online mais saudável” durante o Ano Novo Chinês e as Olimpíadas de Inverno, segundo o órgão regulador.

Continua após a publicidade

Apesar da descriminalização da homossexualidade em 1997 e das autoridades não listarem conteúdos LGBTQIA+ como ilegais, Pequim tem se mostrado cada vez mais intolerante em relação a indivíduos do grupo. No passado, o governo chegou a banir a presença daquilo que ela rotula como “homens afeminados” dos programas de televisão, alegando que "influências vulgares" deveriam ser evitadas no país.

Além disso, contas de importantes grupos universitários de defesa dos direitos LGBTQIA+ também foram bloqueadas na rede social WeChat, no ano passado.

Em contrapartida, Pequim informou que programas que promovem uma cultura tradicional, revolucionária ou “de socialismo avançado” que estimulem o “sentimento de patriotismo” na população, seriam incentivados.

Continua após a publicidade

A Apple não comentou sobre a remoção do aplicativo das lojas da China, mas as diretrizes da empresa são ajustadas de acordo com os direitos humanos de cada país, segundo o documento “Nosso compromisso com Direitos Humanos”. Nele, a empresa determina que é "obrigada a cumprir as leis locais e, às vezes, há questões complexas sobre as quais ela pode discordar dos governos e outras partes interessadas no caminho certo a seguir".

Apesar das constantes repressões do governo, não se sabe ao certo se o Grindr foi alvo por ser um serviço de relacionamento LGBTQIA+, visto que plataformas locais similares como a Blued ainda estão disponíveis na China, segundo a Bloomberg.

Até o início de 2020, o Grindr era propriedade da empresa chinesa, Beijing Kunlun Tech, mas no mesmo ano ela anunciou que estava vendendo o serviço para a empresa norte-americana San Vicente Acquisition, após as autoridades dos EUA expressarem preocupações com a segurança nacional.

Fonte: The Verge