41% dos consumidores ainda usam sistemas desatualizados, como o Windows 7
Por Nathan Vieira |
A Microsoft deixará de dar suporte ao Windows 7 a partir do ano que vem. Mas, nesta quinta (3), a Kaspersky trouxe um relatório envolvendo a escolha que os usuários fazem de seus sistemas. Mesmo faltando apenas seis meses para o encerramento do suporte estendido, o Windows 7 é uma opção muito popular entre as pessoas. Acontece que, segundo a pesquisa, consumidores e empresas ainda dependem de sistemas operacionais sem suporte ou próximos do final de sua vida útil.
Embora haja versões disponíveis recentes deles, cerca de 41% dos consumidores continuam usando sistemas operacionais desatualizados ou próximos de perder o suporte técnico, como o Windows XP ou o Windows 7. Ao mesmo tempo, 40% das microempresas e 48% das pequenas e médias empresas e grandes corporações ainda utilizam esses sistemas.
A Kaspersky aponta que essa situação gera um risco à segurança porque, no final do ciclo de vida de um sistema operacional, o fornecedor não publicará mais atualizações, inclusive correções de cibersegurança, e os pesquisadores de segurança ou cibercriminosos podem descobrir vulnerabilidades até então desconhecidas neles. Essas vulnerabilidades poderão ser usadas em ciberataques e os usuários ficarão expostos, pois não haverá correções para esses problemas.
O Windows 7 ainda é uma opção popular entre consumidores e empresas, mesmo com o encerramento do suporte estendido anunciado para janeiro de 2020. Mais de um terço (38%) dos consumidores e microempresas ainda executam esse sistema operacional. Nos segmentos de pequenas e médias empresas e grandes corporações, as participações do Windows 7 e da versão mais nova do Windows 10 são iguais (47%).
“O uso do Windows 7 é preocupante, pois faltam menos de seis meses até que essa versão não tenha mais suporte. Os motivos por trás desse atraso vão dos softwares executados, que podem não funcionar nas versões mais novas dos sistemas operacionais, até motivos financeiros e mesmo apenas o costume. Contudo, um sistema operacional sem correções representa um risco de cibersegurança; o custo de um incidente pode ser significativamente maior que o valor da atualização. Por isso, recomendamos que os clientes migrem para as versões com suporte e garantam que as ferramentas adicionais de segurança estejam em funcionamento durante o período da transição”, afirma Alexey Pankratov, gerente de soluções corporativas da Kaspersky.
Para estar protegido contra novas ameaças, a Kaspersky recomenda usar uma versão atualizada do sistema operacional com o recurso de atualização automática ativado e usar também soluções com tecnologias de prevenção de exploits baseadas em comportamento, que ajudam a reduzir o risco de exploits que visam sistemas operacionais obsoletos (Windows 7 e posteriores).