Fossil anuncia saída do mercado de relógios inteligentes com Wear OS
Por Vinícius Moschen • Editado por Wallace Moté |
A Fossil, marca conhecida por seus relógios e outros tipos de acessórios, anunciou que não irá mais vender smartwatches. A decisão foi tomada com base em análises de mercado desse tipo de produto, além da intenção de reforçar outras divisões da empresa.
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As motivações para a saída da Fossil foram citadas em entrevista de Jeff Boyer, diretor de operações e vice-presidente executivo da Fossil. Segundo ele, o panorama dos smartwatches “evoluiu bastante nos últimos anos”, e por isso a marca focará em outras áreas:
“O grupo Fossil está redirecionando recursos para apoiar nosso núcleo [...] e os segmentos principais de nossos negócios, que continuarão fornecendo fortes oportunidades de crescimento para nós: desenvolver e distribuir relógios tradicionais empolgantes, joias e outros itens de couro, sob o nosso nome e o de marcas licenciadas”
Nos anos mais recentes, a empresa foi considerada uma das mais consistentes na produção de relógios que rodam o sistema operacional Wear OS, que é desenvolvido pelo Google e aparece em produtos da linha Galaxy Watch 6, por exemplo.
Com o anúncio recente, a linha Gen 6 ficará marcada como a última geração de smartwatches da Fossil. Ela foi apresentada em 2021, mas recebeu variantes como a Wellness Edition em 2022.
Mesmo com o encerramento da sua divisão de relógios inteligentes, a Fossil prometeu que manterá os relógios com Wear OS atualizados “pelos próximos anos”. Contudo, a empresa não informou exatamente por quanto tempo os updates continuarão sendo disponibilizados.
A marca também tem a sua linha de relógios Hybrid, que une elementos digitais e analógicos no mesmo produto. O modelo Hybrid Wellness Edition, de 2023, passou pela análise do Canaltech com bateria para até duas semanas de uso.
A Fossil foi fundada bem antes da popularização dos relógios inteligentes, no ano de 1984. Contudo, a marca já aliava tecnologias digitais em seus produtos desde 2003, quando lançou o Fossil Wrist PDA com uma interface baseada nos assistentes pessoais digitais (PDAs) da época, precursores dos smartphones.
Alguns indícios mostravam que a linha de relógios inteligentes estava prestes a terminar — a possibilidade era citada por funcionários em lojas da marca, e a empresa não fez sua tradicional aparição na última edição da CES. Também era esperada a chegada de um novo relógio com o processador Snapdragon W5 Plus no ano passado, algo que nunca ocorreu.
Fonte: The Verge