Xiaomi aperta cerco contra desbloqueio de bootloader; veja o que mudou
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

A Xiaomi anunciou regras mais rígidas para o processo de desbloqueio do bootloader, ação que permite realizar alterações profundas de software de dispositivos, como a troca do seu sistema operacional por versões modificadas. Os direcionamentos visam adaptar a marca a novos padrões da indústria, já que o desbloqueio incide em riscos de segurança.
Agora, todo o processo deve ocorrer no mesmo dispositivo, incluindo etapas como a resposta de consultas, registros, aplicações, vinculações, desbloqueio e utilização do aparelho desbloqueado.
Para efeito de comparação, anteriormente, o mesmo procedimento poderia ser realizado em até três dispositivos diferentes.
Adicionalmente, o tempo limite para desbloqueio e vinculação passa a ser de 14 dias. Caso o prazo não seja cumprido, será necessária uma nova requisição, com o reinício do processo.
Além da questão de segurança, as regras também refletem um declínio na prática de carregamento de ROMs customizadas, o que reduz a demanda por um sistema mais aberto. Há ainda o objetivo de reduzir a incidência de revendas ilegais de celulares com software alterado.
O primeiro questionário de desbloqueio ocorrerá no dia 18 de fevereiro, provavelmente com detalhes sobre as novas regras, e alertas sobre os riscos de realizar o processo.
Confira abaixo alguns riscos associados ao desbloqueio do bootloader:
- Vulnerabilidade a malware e ataques cibernéticos: a remoção das proteções padrão facilita a instalação de software malicioso, expondo o dispositivo a brechas de segurança;
- Perda da garantia do aparelho: o desbloqueio pode ser considerado como uma violação dos termos de uso, invalidando a garantia oficial e deixando o usuário sem suporte para reparos;
- Risco de perda irreversível de dados: o processo pode levar à exclusão acidental de dados, cuja recuperação pode ser difícil ou impossível;
- Possibilidade de "brickar" o dispositivo: erros durante o desbloqueio ou instalação de ROMs podem corromper o sistema, tornando o aparelho inutilizável;
- Incompatibilidade com aplicativos sensíveis: apps como bancos digitais e carteiras virtuais podem não funcionar corretamente em dispositivos desbloqueados;
- Comprometimento da estabilidade e desempenho: ROMs customizadas podem causar travamentos, superaquecimento e redução da vida útil da bateria;
- Dificuldade de atualizações oficiais: aparelhos desbloqueados podem perder acesso a atualizações oficiais, exigindo métodos não oficiais e arriscados para atualizar o sistema.
Leia mais
- Microsoft não recomenda mais burlar TPM 2.0 para instalar Windows 11
- Celular mais poderoso da Xiaomi terá Snapdragon 8 Elite, mostra teste
- Tela do S25 Ultra arranha mais fácil, porém é mais dura na queda; indica teste