Teste de câmera | Motorola Edge 60 Neo traz conjunto versátil e IA refinada
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller |

O Motorola Edge 60 Neo entrega um pacote de câmeras que impressiona para o segmento em que está inserido, combinando sensores de qualidade, recursos de inteligência artificial e versatilidade de lentes.
Nesta matéria, vamos explorar em detalhes todas as câmeras do aparelho e definir qual a experiência fotográfica que ele proporciona. Confira:
Conjunto de lentes
O Motorola Edge 60 Neo traz um conjunto traseiro triplo destacado por um sensor principal Sony LYTIA 700C de 50 MP com lente de abertura f/1,8 e estabilização óptica (OIS). Além dele, há uma lente ultrawide com campo de visão amplo (120°) que também funciona como macro e faz capturas em 13 MP.
Em seguida, temos uma lente telefoto de 10 MP com zoom óptico 3× e zoom digital de até 30× em alguns modos. Na parte frontal, o Neo conta com uma câmera de 32 MP que grava vídeos em até 4K e oferece selfies com bastante clareza.
Com essa combinação, a Motorola visa entregar mais do que apenas uma boa câmera principal, mas sim um sistema completo e versátil.
Qualidade de imagem e experiência
Na prática, o Edge 60 Neo mostra bons resultados com o sensor principal: fotos em ambientes bem iluminados apresentam boa definição, cores naturais e bom alcance dinâmico para a faixa de preço. A IA da Motorola ajuda a refinar os detalhes e o contraste, ajustar exposição e aplicar estilos visuais – tudo de forma automática.
A lente ultrawide se destaca por permitir capturas amplas de paisagens e serve como macro para detalhes próximos. Em baixas condições de luz há uma queda de nitidez natural, mas os recursos de IA acabam maquiando bem o resultado, deixando quase imperceptível qualquer pixel “estourado”.
Já o zoom 3x da telefoto permite enquadrar com mais liberdade, ideal para fotos de distância moderada. Contudo, como costuma ocorrer em sensores menores, o zoom acima de 3x causa perda de detalhes – mas acaba sendo “salvo” pelo processamento por IA, como descrito anteriormente.
A câmera frontal de 32 MP proporciona selfies com boa definição e quadros de vídeo decentes, enquanto a combinação de IA ajuda no modo retrato e no “bokeh” de fundo — útil para redes sociais ou videochamadas.
Em condições de pouca luz, o sistema entrega resultados aceitáveis: o OIS ajuda bastante na lente principal e a macro ou ultrawide funcionam adequadamente, embora com mais ruído ou leve queda em nitidez comparado ao sensor principal.
Vídeo e recursos extras
O Edge 60 Neo permite gravações em 4K com as câmeras traseiras e frontal, estabilização adaptativa e modos retrato com múltiplas opções de distância focal (Dynamic Bokeh com seis níveis ajustáveis).
A IA da Motorola também aparece no pós-processamento, ajudando a melhorar cores, contraste e textura das imagens. A diferença é notável, reforçando como essa ferramenta tem um papel crucial na qualidade final das fotos e vídeos.
Pontos positivos
- Sistema de câmeras bastante versátil para a faixa de preço: principal, ultra-wide/macro, telefoto e frontal de alta resolução;
- Sensor principal de 50 MP com OIS e boa captação de luz;
- Zoom óptico 3× é um diferencial em modelos intermediários;
- IA integrada ajuda na consistência foto/vídeo.
Limitações
- Zoom acima de 3× e lentes secundárias em cenários escuros evidenciam queda de detalhes e aumento de ruído;
- Mesmo com uma boa lente ultrawide/macro, ela não substitui sensores premium ou zooms periscópicos;
- Em condições de luz muito desafiadoras, o desempenho cai em comparação com flagships.
Veredito
Para quem busca um aparelho com câmeras completas, o Motorola Edge 60 Neo entrega uma experiência bastante sólida. O sistema traseiro oferece versatilidade real, a frontal atende bem para selfies e os recursos de IA agregam valor. Se você não exige o topo absoluto em fotografia, o Neo é uma excelente escolha.
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