Roubo de celular: iPhones viram alvo e Androids são largados na fuga
Por Nathan Vieira • Editado por Léo Müller | •

Uma série de roubos de celular que vem ocorrendo em Londres nos últimos meses revelou um padrão inusitado: ladrões estão escolhendo quem roubar com base no tipo de celular. Em diversos episódios, criminosos têm roubado apenas iPhones e devolvido aparelhos Android, porque iPhones rendem mais dinheiro na revenda internacional.
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Em um dos casos divulgados pela mídia britânica, um homem chamado Mark teve o celular arrancado das mãos por um ladrão em uma bicicleta. Ele correu atrás sem esperança de recuperar o aparelho, até ver o criminoso parar, olhar para o modelo e jogá-lo no chão antes de fugir. Era um Samsung.
Uma situação parecida aconteceu com outra vítima: Sam foi atacado por oito homens que levaram tudo (celular, câmera e até algumas peças de roupa). Mas, na fuga, um dos ladrões voltou apenas para devolver o telefone Android, explicando que não queria nenhum Samsung.
A lógica do crime: valor de revenda
Consultores de segurança que analisam o comportamento dessas quadrilhas explicam que a escolha não tem mistério: iPhones mantêm alto valor no mercado paralelo, especialmente quando enviados para pontos de revenda fora do país.
Como cada roubo envolve risco de flagrante e resposta policial, os criminosos optam por modelos que compensam esse risco.
Relatórios antigos do governo britânico já apontavam que os iPhones eram, desproporcionalmente, os aparelhos mais procurados.
Ladrões frequentemente descartam celulares considerados “pouco lucrativos”, reforçando o desequilíbrio entre o interesse por iPhones e outros modelos.
Embora a polícia londrina não tenha dados oficiais que dividam os furtos por sistema operacional, há uma confirmação de operações para combater grupos que atuam em roubos de celular rápidos, especialmente com o uso de e-bikes.
Enquanto isso, entre usuários de Android cresce um sentimento curioso: alívio por não virarem alvo e um leve constrangimento por descobrirem que até os ladrões “não querem” seu celular.
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Fonte: London Centric, Apple Insider