Presidente da Xiaomi alerta: celulares vão ficar "consideravelmente mais caros"
Por Vinícius Moschen |

O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, comunicou que os preços de varejo dos celulares devem aumentar “de forma significativa” a partir do próximo ano. Esse será o resultado de uma escalada global dos custos de componentes.
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Weibing declarou que a pressão sobre os custos deve ser “muito mais pesada” em 2026, na comparação com este ano. Esse aumento pode ser repassado, ainda que em parte, para os preços cobrados aos consumidores.
“É provável que os consumidores vejam um aumento considerável nos preços de varejo dos produtos", alertou o executivo.
A empresa informou que tentará absorver parte do fenômeno, embora isso não seja suficiente para compensar o valor final dos celulares.
A Xiaomi ainda reconheceu que o encarecimento dos chips de memória já levou a aumentos nos preços de modelos lançados recentemente, como o Redmi K90.
Aumento de preços dos celulares tem culpada principal: a IA
O principal fator por trás da escassez e da alta nos preços dos chips é o crescimento da demanda por inteligência artificial (IA), que está desviando a capacidade de produção global.
Fabricantes de memória, incluindo a Samsung e SK Hynix, estão priorizando a produção de plataformas de memória avançada para atender ao mercado de data centers e aceleradores de IA, que oferece maior rentabilidade.
Essa priorização resulta na desvalorização da produção de chips de memória (DRAM e NAND flash) utilizados em smartphones, o que causa escassez e eleva os custos.
Houve relatos de que a Samsung elevou o custo de seus chips de memória para smartphones em até 60% em comparação com setembro do ano anterior. As previsões indicam que os preços de contrato de DRAM no quarto trimestre de 2025 aumentarão mais de 75% em relação ao ano anterior.
Apesar dos custos crescentes de componentes, a Xiaomi reportou resultados financeiros sólidos no terceiro trimestre. A receita total da empresa aumentou 22,3% no Q3, e o lucro líquido ajustado disparou 80,9%.
A Xiaomi manteve sua posição como a terceira maior fabricante mundial de smartphones, ao registrar 13,6% de participação de mercado e enviar 43,3 milhões de unidades no trimestre.
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