iPhones novos não empolgam como antes, mostra pesquisa
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller |
Uma nova pesquisa da Consumer Intelligence Research Partners (CIRP) mostra que consumidores tendem a levar mais tempo para trocar seus iPhones. O levantamento indica que os aparelhos estão mais duráveis, e as novidades apresentadas a cada ano pela Apple não se tornam atrativas o suficiente para justificar uma troca.
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Em junho deste ano, apenas 33% das trocas de iPhones foram realizadas por pessoas que tinham o modelo antigo há dois anos ou menos. Para efeito de comparação, esse índice já chegou a 45% em 2022.
Além disso, a parcela de pessoas que troca iPhones após três ou mais anos de uso do anterior subiu de 23% para 34% no mesmo período.
Como os dados mais recentes são anteriores ao lançamento do iPhone 16, ainda não é possível afirmar quais são os efeitos da nova geração para os consumidores.
A linha iPhone 16 foi lançada nesta semana com novidades como a chegada de um botão para operar a câmera, além da introdução de recursos de inteligência artificial por meio do Apple Intelligence.
Entretanto, é entendido que a condição do iPhone atual importa mais para a decisão de compra do que potenciais novidades apresentadas nas gerações mais recentes.
O CIRP também apontou outros fatores para o aumento da duração dos ciclos de troca do iPhone, incluindo a rejeição ao pagamento parcelado de um novo modelo, em favor de manter o aparelho atual já quitado.
Analistas também costumam associar fatores macroeconômicos, como o aumento do custo de vida e a redução na compra de itens considerados supérfluos — como um iPhone que tenha recebido mudanças sutis.
Por outro lado, operadoras de telefonia incentivam a compra de aparelhos atualizados por meio de acordos generosos, especialmente durante o advento da tecnologia5G.
No entanto, a conectividade móvel já se mostra consolidada em dispositivos móveis, e por isso o mercado de celulares procura novos "motores" para impulsionar as vendas. Atualmente, esse papel é atribuído à inteligência artificial (IA), além das telas dobráveis.
Fonte: CIRP