Governo do Japão declara guerra aos disquetes e deve abolir fax em breve
Por Victor Carvalho • Editado por Wallace Moté |
Você provavelmente não deve se lembrar qual foi a última vez que você usou um disquete. Muito menos quando você precisou enviar um fax. Enquanto no Brasil e restante do mundo tais tecnologias extremamente populares nos anos 1980 já se tornaram obsoletas, o governo do Japão ainda utiliza esses itens no dia a dia em pleno 2022, e finalmente chegou a hora de deixá-los no passado.
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Em coletiva realizada esta semana, o ministro de Assuntos Digitais do Japão Taro Kono anunciou que o país se prepara para abolir de vez equipamentos antigos.
Kono afirma que cerca de 1.900 procedimentos governamentais ainda exigem o uso de disquetes e CDs na comunidade empresarial e comunicou que "a Agência Digital está mudando esses regulamentos para que você possa realizá-los online".
O ministro destacou que também está querendo se livrar das máquinas de fax (fotocopiadoras) dada a dificuldade de utilizar o dispositivos em comparação com recursos atualizados.
Embora seja conhecido pela alta tecnologia e inovação eletrônica, o Japão ainda é um país conservador, com baixas taxas de alfabetização digital e alta burocracia, especialmente no âmbito governamental. Tudo isso dificulta a disseminação de tecnologias de última geração.
Outro caso que surpreendeu o mundo em relação aos japoneses e tecnologia aconteceu em 2018 quando o ministro de segurança cibernética admitiu que nunca utilizou um computador, deixando que tarefas digitais fossem feitas pela sua equipe.
Kono teve apoio do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e durante sua coletiva de imprensa brincou: "onde se compra um disquete hoje em dia?"
Deixados de fabricar em 2011, disquetes atigiram o ápice da popularidade entre os anos 1970 e 1990, sendo subsituídos gradativamente pelos CDs graças à maior capacidade de armazenamento e superior velocidade de leitura e escrita.