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Contra obsolescência programada, empresa está há 2 anos sem lançar smartphone

Por| 14 de Maio de 2018 às 09h32

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Uma das empresas que encabeçou a discussão contrária à obsolescência programada é a Fairphone. Dois anos atrás, ela foi considerada pelo Greenpeace como a empresa mais amigável ao meio ambiente e tem a proposta de entregar produtos que durem por mais tempo. Faz, assim, mais de dois anos que a Fairphone não lança um dispositivo.

A obsolescência programada é um conceito moderno segundo o qual empresas criam produtos programados para ficarem obsoletos e, portanto, os consumidores precisam atualizar seus dispositivos.

Contrária a isso, a Fairphone se mantém na linha do que prega. O último aparelho lançado, o Fairphone 2, data de dezembro de 2015. E como a empresa consegue se manter com o mesmo produto por tanto tempo? O Fairphone é modular, ou seja, é possível que se troquem visor, bateria, câmera e alguns outros módulos do aparelho, caso passem a ficar desgastados. Ao todo, são 15 itens vendidos diretamente pelo site oficial da empresa.

“Eletrônicos de consumo são frequentemente vistos como objetos semidescartáveis, para serem atualizados ou descartados assim que algo melhor aparecer. Estamos lutando contra uma tendência de mercado em que o telefone médio é substituído a cada 18 meses, criando um enorme impacto ambiental. À medida que a tecnologia avança rapidamente, os consumidores estão perdendo a capacidade de modificar, reparar e realmente entender como podem manter seus dispositivos por mais tempo”, explica a empresa.

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Com isso, neste período, a companhia conseguiu manter o produto no mercado com apenas uma grande atualização. A próxima deve chegar em alguns meses, em que atualiza o Android para a versão 7.1 Nougat.  

No site oficial, o holandês Bas van Abel, CEO da empresa, explica o processo:

“A longevidade do dispositivo depende tanto de hardware quanto de software. Estamos adicionando novas capas transparentes à nossa coleção de capas protetoras. Uma capa transparente permite que seu telefone fale, contando a história do Fairphone 2, destacando e protegendo seu hardware modular exclusivo. A longevidade do dispositivo também depende de um software saudável: também estamos trabalhando para atualizar o sistema operacional do Fairphone 2, para que seu telefone conte a história da imparcialidade por mais tempo”.

A página também mostra toda arquitetura da empresa em ser o mais transparente e que mostre todos os processos de criação, desde em quais locais do planeta cada parte é montada, bem como qual o impacto ambiental, social e econômico relacionada à produção de smartphones.

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Atualmente o Fairphone 2 trabalha com um processador Snapdragon 801 Quad-Core de 2.26 GHz associado a uma GPU Adreno 330. Tem 2GB de memória RAM DDR3 e a capacidade interna de 32 GB, expansível até 64 GB. O smartphone aceita dois chips e tem tela de LCD com Gorilla Glass de 5 polegadas, resolução Full HD e 446 ppi de densidade.

Fonte: Tecnoblog, Fairphone