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Celular do futuro vai identificar problemas de pele com uma simples selfie

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Julia Andrey/Unsplash
Julia Andrey/Unsplash

Pesquisadores da Universidade de Utah desenvolveram uma câmera hiperespectral compacta que captura 25 canais de cor em vídeo de alta definição. A tecnologia cabe em um smartphone e promete revolucionar a fotografia móvel.

Uma câmera tradicional divide a imagem em três canais: vermelho, verde e azul. A nova tecnologia vai além e registra 25 divisões diferentes do espectro de luz, criando uma "impressão digital espectral" para cada pixel.

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Como funciona a nova câmera

O sistema utiliza um filtro difrativo com padrões em nanoescala colocado diretamente sobre o sensor. Esse filtro codifica os 25 canais de dados espectrais em uma imagem 2D comprimida chamada "difratograma".

Algoritmos de computador reconstroem essa imagem em um cubo de dados completo. O processo é instantâneo, diferente das câmeras hiperespectrais convencionais que capturam as informações de forma sequencial e lenta.

O que muda na prática?

A tecnologia permite avaliar o amadurecimento de frutas instantaneamente. Também pode detectar estresse ou doenças em plantas antes que os sintomas sejam visíveis a olho nu.

Na área médica, a câmera identifica diferentes condições de pele com precisão superior às câmeras convencionais. O sistema enxerga detalhes invisíveis para o olho humano e câmeras digitais tradicionais.

A tecnologia ainda melhora sistemas de reconhecimento facial ao capturar informações que vão além do espectro visível.

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Vantagens sobre as câmeras atuais

As câmeras hiperespectrais tradicionais são volumosas, caras e limitadas a imagens estáticas ou vídeos com taxa de quadros muito baixa. O protótipo da Universidade de Utah resolve essas limitações.

A compressão de dados representa outro benefício importante. Os arquivos capturados são muito menores que os de câmeras hiperespectrais convencionais, facilitando o armazenamento e transmissão.

Satélites teriam dificuldade para transmitir cubos de imagem completos. Com a nova tecnologia, os arquivos originais são compactos e a extração dos dados acontece posteriormente.

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Especificações do protótipo

O protótipo atual captura imagens com resolução de 1304 × 744 pixels (aproximadamente 1 megapixel). Esse sistema divide as imagens em 25 comprimentos de onda diferentes entre 440-800 nanômetros.

Segundo o estudo publicado pela Universidade, o campo de visão alcança cerca de 50 graus, similar ao de câmeras de smartphones atuais.

Os pesquisadores testaram a câmera em três aplicações reais: diferenciar tipos de tecido em cenas cirúrgicas, prever o envelhecimento de morangos ao longo do tempo e simular filtros espectrais usados em astronomia.

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Próximos passos do "celular do futuro"

Por enquanto, a equipe trabalha em uma versão melhorada que registra imagens em resolução maior e com mais canais de comprimento de onda. O design do elemento difrativo nanoestruturado também será simplificado.

O custo de produção é várias vezes menor que o de câmeras hiperespectrais comerciais disponíveis. A tecnologia também se adapta facilmente a diferentes campos como agricultura, astronomia e bioimagem.

Além dos smartphones, o sistema pode ser implementado em câmeras de vigilância, plantas de processamento de alimentos e outras aplicações industriais.

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Fonte: Optica Publishing Group