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Brasileiros não têm direito a indenização da Apple no caso BatteryGate

Por| 15 de Julho de 2020 às 11h41

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Techradar
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Brasileiros que compraram o iPhone 6, 6s e 7 e suas variantes Plus ou o SE nos Estados Unidos não terão direito a nenhuma indenização da Apple pelo caso que ficou conhecido como "BatteryGate". Em março, a Justiça dos EUA decidiu que a empresa deveria ressarcir em US$ 25 (cerca de R$ 130) compradores desses modelos que tenham atualizado o aparelho e sofrido com a perda de desempenho da bateria.

A decisão da corte nos EUA, no entanto, só vale para residentes no país. Mesmo que você tenha comprado e até mesmo feito uso do iPhone lá, inclusive atualizando para a versão do iOS que cortou o desempenho, só terá direito a pleitear o pagamento se tiver residência no país. Isso está explicado em uma página que fala sobre o caso:

“Você é um membro do Acordo Coletivo se for (1) proprietário nos EUA de um iPhone 6, 6 Plus, 6s, 6s Plus, 7, 7 Plus, e/ou SE (2) que rodou o iOS 12.0.1 ou posterior ou, no caso do iPhone 7 e 7 Plus, que rodou iOS 11.2 ou posterior antes de 21 de dezembro de 2017. Você deve atender aos dois critérios para pertencer ao grupo”, explica o documento.

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O texto continua para explicar que o proprietário nos Estados Unidos deve ter comprado o iPhone em questão em um território estadunidense e inclui ainda aqueles que alugaram ou receberam o aparelho para qualquer fim. A parte mais importante para nós, no entanto, vem no final, que diz: “o Acordo Coletivo não inclui proprietários de iPhone que morem fora dos Estados Unidos e seus territórios”.

Em outras palavras, você teria que provar que morava nos EUA quando atualizou o iPhone para uma versão que diminuía o desempenho, e isso tem que ter acontecido antes de 21 de dezembro de 2017.

Nem tudo está perdido (ainda)

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Aqui no Brasil, já houve casos na Justiça de pessoas físicas que pediram, individualmente, uma indenização à Apple pelo "BatteryGate", mas todos os casos terminaram em vitória da empresa, com o entendimento dos juízes de que não houve “má intenção” da companhia ao fazer o corte de performance.

O Procon-SP já pediu duas vezes explicações à Maçã sobre o caso, mas a empresa não respondeu às notificações. O Canaltech entrou em contato tanto com o órgão quanto com a Apple para saber mais sobre o andamento do caso e também não recebeu respostas até o fechamento da matéria (ela será atualizada caso haja alguma resposta).

A esperança, agora, é um grupo na Europa, que tem a participação — acredite — da associação brasileira de defesa do consumidor Proteste e tenta forçar a empresa a pagar 60 euros a cada consumidor afetado pela “obsolescência programada”. Também entramos em contato com a Proteste para entender se essa ação afeta os brasileiros, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

Fonte: Smartphone Performance Settlement