Ações da Apple desabam após novas tarifas dos EUA; entenda
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

As ações da Apple caíram 7% na bolsa de valores de Frankfurt, uma das maiores do mundo, após o anúncio de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os impostos devem ter um impacto considerado grande na linha de produção do iPhone e de outros produtos da marca, já que têm partes montadas em diferentes regiões. Em suma, espera-se que os iPhones fiquem mais caros para consumidores estadunidenses.
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Serão implementadas tarifas mínimas de 10% para países que fazem trocas com os EUA, e taxas “recíprocas” em diversos locais que servem como base para fornecedores da Apple. Veja abaixo alguns exemplos:
- China — 34%;
- Taiwan — 32%;
- Vietnã — 46%;
- Tailândia — 36%;
- Índia — 26%;
- Japão — 24%;
- Malásia — 24%;
- União Europeia — 20%;
Apple deve ter custos mais altos
Nos últimos meses, a Apple tem feito esforços para mover suas linhas de produção para países como a Índia, Vietnã e Tailândia, como uma tentativa de fugir da tensão com a China e Taiwan. Contudo, mesmo os países de destino terão tarifas mais altas, o que tende a encarecer os custos da empresa.
O CEO da Apple, Tim Cook, já afirmou que os EUA não estão em posição de competir com a produção na China e outros países, devido à ausência de trabalhadores com experiência.
No primeiro mandato de Trump, iniciado em 2017, a Apple conseguiu exceções para evitar tarifas completamente em alguns produtos. Contudo, o mesmo não deve acontecer no governo atual.
Portanto, é estimado que os custos adicionais para os produtos Apple importados da China fiquem na casa dos US$ 8,5 bilhões — cerca de R$ 48 bilhões em conversão direta.
Trump afirmou que as novas tarifas terão efeito a partir do dia 9 de abril. Até o momento, não está claro se os custos extras serão repassados para o preço final dos produtos.
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