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Exterminador do Futuro | O que esperar da nova série Terminator: Zero na Netflix

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Divulgação/Netflix
Divulgação/Netflix

Quarenta anos após o lançamento de O Exterminador do Futuro (1984) e de sua posterior franquia de seis longa-metragens e uma série de TV live-action, a saga Terminator se prepara agora para um novo passo. Nesta quinta-feira (29) estreia na Netflix a série O Exterminador do Futuro Zero, anime inserido no clássico universo de inteligências artificiais (IAs), ciborgues e viagens no tempo.

Desenvolvida por Mattson Tomlin, roteirista de The Batman Part II, o show estreia em uma data bastante simbólica para a franquia. Na linha do tempo original de Terminator, ambientada em um mundo que máquinas e humanos entraram em guerra, 29 de agosto de 1997 marca o dia em que a rede neural artificial Skynet ganha consciência e, em resposta às tentativas de seus criadores de desativá-la, incita um holocausto nuclear.

É sobre essa premissa que se inicia o filme de 1984, quando, devido à iminência dos humanos ganharem a guerra, um ciborgue é enviado de 2029 para 1984 para matar Sarah Connor, a futura mãe do líder da resistência, John Connor. Além dele, o soldado humano Kyle Reese também viaja no tempo, enviado do futuro pela resistência com o intuito de proteger Sarah do androide mortífero.

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Sucesso de público, bilheteria e popularidade, a trama se desdobrou então em diversas outras sequências, linhas do tempo alternativas e reboots para contar sua história. Uma narrativa que ganha agora um novo e promissor capítulo pelas mãos da Netflix e do estúdio Production I.G.

Série mostra Dia do Julgamento no Japão

Com uma primeira temporada de oito episódios, que chegam todos no dia 29 ao streaming, Exterminador do Futuro Zero conta uma história que corre em paralelo à trama dos longa-metragens originais.

Embora considere todos os filmes de The Terminator canônicos, o “distanciamento” do anime foi crucial para que Tomlin, que também é showrunner da série, tivesse maior liberdade criativa durante sua produção; e para que o público pudesse acompanhar personagens até então inéditos na franquia.

Ambientado no ano de 1997, o show segue os passos de Malcolm Lee, um cientista japonês que mora em Tóquio e trabalha para lançar Kokoro, um sistema de IA avançado que possa competir com o ataque iminente da Skynet.

Às vésperas do Dia do Julgamento, porém, Lee é surpreendido pela aparição de um robô T-800, uma máquina mortífera enviada diretamente do futuro para matar ele e seus filhos. Além do assassino, uma lutadora solitária chamada Eiko também embarca na mesma viagem temporal, vindo diretamente do ano de 2022 para proteger o cientista e sua família.

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À Entertainment Weekly, o criador da série contou que, embora os principais elementos do universo de O Exterminador do Futuro sejam indiscutíveis no show, desde o início de sua criação, a Netflix, a Skydance e a Production IG exigiram que houvesse algum componente japonês na história.

Foi esse pedido que levou Tomlin a ambientá-la no Japão, levando a uma série de mudanças culturais em sua estrutura. Uma das mais marcantes e que talvez possa chamar atenção de quem está acostumado aos filmes de ação de Hollywood é a falta de armas entre a população, já que o país tem uma das leis mais rígidas sobre posse de armas do mundo.

Por isso mesmo, além da munição dos ciborgues, o público pode esperar ver muitas espadas, lâminas e outros tipos de armas que não sejam pistolas no show – um estilo de narrativa que, segundo o showrunner, bebeu de inspirações cruas e violentas como Taxi Driver, O Poderoso Chefão e até Era Uma Vez em Hollywood para contar sua história.

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De volta às raízes

Apesar das mudanças, o ponto mais alto de Exterminador do Futuro Zero parece, no entanto, ser a característica que ele emprestou dos dois primeiros filmes da franquia. Um elemento que, para muitos fãs de The Terminator, é o exato componente que faltou nos longa-metragens mais recentes da saga: suas raízes de terror.

Embora ao longo dos anos a história tenha pendido muito mais para a ação e gênero cyberpunk, a obra original de James Cameron tem um toque aterrorizante inconfundível, que parece ter sido a grande inspiração do anime.

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Ao Techradar, Tomlin contou que quando assistiu ao filme pela primeira vez, aos oito anos, teve pesadelos por um mês, todos envolvendo dentes caindo e rostos sendo arrancados. Uma estética que, ao menos pelo que mostra o trailer da Netflix, parece ser muito próxima a que teremos na animação.

“Eu não ando por aí com medo de que alguém vá arrancar meu rosto. Mas há algo sobre esse tipo de imagem violenta, brutal e sangrenta de que somos todos esqueletos por baixo. Em Terminator, quando você o desnuda, você não é humano por baixo, você é metal. Isso me aterrorizou”, disse o roteirista ao portal.

Dirigida pelo animador Masashi Kudō, Exterminador do Futuro Zero conta com vozes de Timothy Olyphant (Justified) no papel do ciborgue enviado para matar Lee; André Holland (Moonlight) na pele do cientista Malcolm; Sonoya Mizuno (Ex-Machina) como Eiko, a soldada enviada no tempo pela resistência; e Rosario Dawson (Ahsoka) como Kokoro, a IA japonesa feita para bater de frente com a Skynet.