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Criador de The Walking Dead finalmente explica origem dos zumbis

Por| 27 de Janeiro de 2020 às 11h33

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Criador de The Walking Dead finalmente explica origem dos zumbis
Criador de The Walking Dead finalmente explica origem dos zumbis

O autor dos quadrinhos de The Walking Dead, Robert Kirkman, “revelou” no último final de semana a origem do apocalipse zumbi pelo qual os gibis tornaram-se conhecidos e, posteriormente, deram origem à série homônima veiculada pela AMC (EUA) e Fox (Brasil). Disse ele que tudo começou com “esporos espaciais”.

Você percebeu que usamos as aspas em “revelou”? Isso porque, até agora, ninguém sabe dizer se Kirkman estava brincando ou falando sério. O autor não detalhou a afirmação feita em seu perfil oficial no Twitter e, como resposta, a internet encontrou-se dividida. O que se sabe é que seus seguidores já estão elaborando cenários em que a suposta explicação faria todo o sentido.

A série televisiva The Walking Dead já está no ar há 10 anos e conta com um spin-off que também vem durando bastante tempo: Fear the Walking Dead é uma série ambientada em outra localidade, com outros personagens e se passa inicialmente antes dos eventos que levaram ao apocalipse zumbi. Nenhuma das produções, no entanto, explicou a origem do cataclismo que trouxe os mortos de volta à vida.

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O mesmo vale para os quadrinhos, que chegaram ao fim há seis meses com o lançamento da edição 193. Ali, também não houve nenhuma explicação sobre como tudo começou — nem mesmo uma elaborada teoria.

Por essas razões, o tuíte de Kirkman vem sendo declarado suspeito pelos portais de entretenimento. Afinal de contas, não faria muito sentido você publicar o que seria provavelmente a maior revelação da franquia, sendo que ainda tem produtos no mercado que dependem desse segredo se manter, bem, em segredo. Por que continuar assistindo à série se a causa de tudo foi mostrada em um inócuo tuíte, certo?

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Porém, é importante ressaltar que, antes de The Walking Dead, Kirkman chegou a oferecer uma proposta de continuaçãodo filme A Noite dos Mortos Vivos de 1968 (de autoria do lendário George Romero). Nessa proposta, Kirkman, junto do artista visual Tony Moore, levantavam a ideia de que a reanimação de corpos tinha relação com a “radiação explosiva” de uma sonda espacial que voltava à Terra. É bem provável que o tuíte de Kirkman seja mais voltado à essa percepção e, consequentemente, não deve ser levado a sério.

Em 2018, o próprio Kirkman pareceu corroborar essa história, dizendo que a origem dos zumbis seria “uma coisa perto da ficção científica que tornaria a história ainda mais estranha”. Ele também disse que a causa do apocalipse zumbi teria pouca importância na série e nos gibis, haja vista que os personagens da trama aceitariam qualquer explicação que lhes fosse oferecida. E, de fato, a série é muito mais sobre como os protagonistas mudaram e sobreviveram diante de um novo caos mundial do que uma investigação sobre as origens de um problema.

Por causa disso, também falou-se muito pouco de uma “cura”. Kirkman, em uma entrevista concedida em 2017, ressaltou que explorar um mecanismo que sanasse a “zumbificação” humana tornaria a série “entediante”.

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O ponto onde série e quadrinhos podem — e provavelmente vão — divergir: os gibis já acabaram, mas a série The Walking Dead está atualmente em sua 10ª temporada, já com a 11ª confirmada para este ano. Em 2014, o produtor executivo da série, David Alpert, informou que há um futuro planejado pela sua equipe para a série: ao HitFlix, na época, ele afirmou que já sabia “como seriam as temporadas 11 e 12”. Já o CEO da AMC, Josh Sapan, afirmou à Bloomberg em 2018 que pretende seguir com a marca em atividade por outros 10 anos, pulverizando-a em séries e filmes que usem os quadrinhos como base.

A grosso modo, as produções televisivas estão chegando a um ponto similar ao que vimos em Game of Thrones: o material que serve de fonte já esgotou e, a partir daqui, todo avanço narrativo será uma criação própria. Então não podemos afirmar, ainda, que a conversa sobre “esporos espaciais” de Kirkman seja real.

Fonte: Robert Kirkman; Bloomberg