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Aclamada série Breaking Bad completa 10 anos

Por| 20 de Janeiro de 2018 às 11h00

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Não foi fácil para Vince Gillian, diretor da série mais aclamada da atualidade, emplacar sua criação e convencer as emissoras de dar uma chance à obra que atingiu nota 9,2 de 10 no Metacritic e levou 16 Emmy Awards para casa, após ter sido indicado a 51 categorias. Com cinco temporadas geniais, apresentar o piloto da série para os executivos responsáveis pelas emissoras foi, segundo Gillian, o pior momento de sua carreira como diretor. Sendo rejeitado por quatro emissoras, dentre elas a HBO, por terem considerado a obra pouco comercial e mal feita, a AMC topou veicular a obra e o resultado foi o estrondoso sucesso, mesmo após uma década. 

Para comemorar o aniversário, o Canaltech fez uma lista de curiosidades que provavelmente você não sabia sobre Breaking Bad:

Fim no auge

Foi ideia de Gillian dar o fechamento da história no auge do sucesso da série, em sua quinta temporada. Ele temia que Breaking Bad cometesse o mesmo erro que outras séries amadas pelo público cometeram: esticar demais o roteiro para gerar mais lucro, acabando assim com a qualidade da história (Olá, Dexter!). Para quem não viu até o final, evitaremos spoilers, mas já adiantamos que tirou o fôlego de muitos fãs.

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Um Pinkman leigo

Aaron Paul, ator que interpreta o azarado Jesse Pinkman na série, nunca frequentou aulas de atuação. Antes de Breaking Bad, ele havia feito algumas pontas em outras séries, mas nada além de alguns episódios e sempre atuando como personagens sem grande importância para a trama.

Outra trivia importante sobre Jesse Pinkman: ele fala a palavra Bitch 54 vezes ao longo da série.

Marcado na pele

Bryan Cranston, o intérprete de Walter White, fez uma tatuagem em seu dedo anelar da mão direita com a logo da série. A tatuagem combina com o estilo trash de Breaking Bad e foi feita após um dia de filmagem, quando a equipe se reuniu para tomar umas e acabaram levando Cranston a um estúdio de tatuagem, onde ele, levemente alcoolizado, optou por tatuar um local do corpo que fosse discreto, mas ainda assim bem visível.

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Toques de realidade

RJ Mitte, o filho viciado em café da manhã de Walter White, vive com paralisia cerebral, deficiência que seu personagem na série também tem. Entretanto, para dar vida ao personagem Walter Junior ele agravou os sintomas para maior dramaticidade na obra.

Outra personagem que também viveu um transtorno na pele e o trouxe para a sua personagem é a atriz Betsy Brandt, intérprete da insuportável Marie Schrader, cunhada de Walter White. Ela sofreu, no passado, de cleptomania.

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A cor púrpura

Falando em Marie Schrader, tudo o que envolve a personagem tem a cor roxa. De seu carro até suas roupas, incluindo objetos de decoração da casa dos Schraders, tudo tem algum tom de roxo envolvido.

Última escolha

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Bryan Cranston, que não deixou nenhum fã insatisfeito e foi o melhor Walter que poderíamos imaginar, não foi a primeira escolha para o papel principal da trama. Os executivos da AMC estavam céticos quanto às habilidades cênicas de Cranston devido ao seu histórico junto à obras de comédia. Apenas após John Cusack (Alta Fidelidade, 1408) e Matthew Broderick (Curtindo a vida Adoidado) terem recusado o papel que, sem alternativas, Cranston foi aceito. Ainda bem, né?

Quem mais curtiu que os outros dois não tenham topado dar vida ao personagem foi o ator Anthony Hopkins (o eterno Hannibal, que Mads Mikkelsen nos perdoe) que, após assistir todas as cinco temporadas em ritmo de maratona, escreveu uma carta de fã tiete a Cranston, elogiando sua atuação e dizendo que a série é tão boa quanto um drama Shakesperiano ou uma tragédia grega.

Química na veia. Ou nas sobrancelhas

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Apesar de Brian Cranston interpretar o gênio da química, quem de fato entende tem PhD na ciência é Marius Stan, o intérprete do dono do Lava Jato, Bogdan. Ele nunca havia interpretado na vida e ainda atua na área acadêmica como pesquisador.

Cabala? Não, tabela periódica!

A série conta com 62 episódios, no total. Na tabela periódica, o elemento de número atômico 62 é o Samário (Sm), cujo isótopo é utilizado em diversas drogas para tratamento de câncer, incluindo o câncer de pulmão, que afeta Walter White na obra e é a desculpa para que o gênio do mal comece a cozinhar metanfetaminas.

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O último episódio tem o título de Felina, um anagrama para a palavra Finale, mas também faz alusão à trilha sonora mostrada no episódio, no momento em que Walter White está em seu carro, com a música El Paso, de Marty Robbins, tocando ao fundo, onde um pistoleiro se apaixona por uma mexicana chamada Felina.

Além dessas duas explicações, há uma terceira hipótese para a escolha do nome do episódio final que se baseia na química: Fe, em alusão ao Ferro, seria um símbolo para o sangue derramado; Li se refere ao elemento Lítio, utilizado na fabricação de metanfetamina; enquanto Na, redução da tabela periódica para o sódio, é o principal componente das lágrimas. Resume bem o final da série, não é mesmo?

Salvem Walter White

A página criada, na trama, pelo dedicado filho de Walter para conseguir doações para o tratamento de câncer do pai ainda está ativa, idêntica à mostrada na série e pode ser acessada aqui. No momento em que essa notícia é escrita, há 38679 acessos no contador da página.

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Feita sob Medida

A música Negra y Azul: The Ballad of Heisenberg, autoria de Los Cuates de Sinaloa, faz um trocadilho com a cor azulada da metanfetamina produzida por White e o termo Black and Blue que, em inglês, se refere aos tons que hematomas adquirem.

A música gruda na cabeça, mas é, ao mesmo tempo, gostosa e engraçada e pode ser ouvida abaixo: