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Um em cada 100 brasileiros teve dados vazados no final de 2021

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Markus Spiske/Unsplash
Markus Spiske/Unsplash

Uma notícia positiva, de queda de 81% no volume de vazamentos de dados no quarto trimestre de 2021, também traz dados preocupantes. Um em cada 100 brasileiros tiveram seus dados expostos entre outubro e dezembro do ano passado, com um total de 1,4 milhão de pessoas atingidas no período, colocando nosso país na quarta posição do ranking global desse tipo de incidente.

Os dados são da Surfshark, que utiliza sua ferramenta de alerta sobre comprometimento para acompanhar a situação global das exposições de dados. No Brasil, por exemplo, os avisos desse tipo caíram 84%, um declínio acentuado que tem seus motivos e contrasta com os crescimentos igualmente acelerados em países como Coreia do Sul, com 945% de aumento nos vazamentos de dados, juntamente com a Ucrânia (94%) e Rússia (65%).

Os Estados Unidos seguem no topo como o país com mais indivíduos atingidos por vazamentos de dados, com 6,8 milhões de pessoas; na sequência estão Rússia (2,8 milhões) e Coreia do Sul (dois milhões). O Chile completa o top 5, com 685 mil casos de exposição de dados registrados.

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Vazamentos locais, como os envolvendo os serviços da GoDaddy e da firma de investimentos Robinhood, explicam a manutenção do primeiro colocado, enquanto a exposição do Reddoorz, serviço de hotelaria com o maior vazamento de informações na Ásia, levou ao disparo da Coreia do Sul no ranking. Por outro lado, um número significativamente menor de incidentes no restante do mundo levou a uma queda global.

Os EUA, França e Canadá, por exemplo, viram uma redução de 90% no volume de usuários expostos durante o quarto trimestre de 2021, a maior queda registrada em todo o índice. Nos últimos três meses do ano passado, foram 44,2 milhões de pessoas com seus dados expostos em todo o mundo.

Ano perigoso para dados vazados

Apesar das notícias consideradas positivas, os analistas também enxergam essa tendência como passageira, principalmente em um cenário no qual os volumes de dados se tornaram moeda valiosa. E os próprios números globais, consolidados, são uma prova disso, com 2021 fechando com quase um bilhão de contas expostas em todo o mundo.

Isso significa que um em cada cinco usuários de internet teve suas informações comprometidas ao longo do ano passado. De acordo com a Surfshark, o primeiro trimestre foi o pior período de todos, com quase 500 milhões de incidentes registrados apenas entre janeiro e março.

A recomendação da empresa é quanto ao uso de sistemas de alerta de vazamentos, nos quais os usuários podem cadastrar seus e-mails e receberem, na caixa de entrada, notificações toda vez que seus dados estiverem em um vazamento. Nos casos positivos, é importante realizar a troca das senhas não apenas no serviço atingido, mas também em todos que compartilhem as mesmas credenciais, já que a exposição de uma pode significar o comprometimento de todas as outras.

Senhas complexas e aleatórias, exclusivas de cada plataforma, também ajudam a combater esse tipo de exposição e mitigar eventuais problemas. Vale a pena utilizar, ainda, gerenciadores de credenciais, que facilitam a utilização de combinações aleatórias para cada plataforma enquanto uma “chave mestra”, reconhecível, serve para acesso a elas.

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Fonte: Surfshark