Uber pode ter escondido mais de 14 mil documentos roubados no caso Uber-Waymo
Por Ares Saturno | 28 de Novembro de 2017 às 18h16
O julgamento do caso Uber-Waymo estava marcado para a próxima segunda-feira (4), mas teve que ser adiado frente a uma bombástica acusação: a Uber pode ter operado uma unidade secreta que roubou códigos e segredos comerciais de empresas concorrentes.
A acusação se deu devido a uma carta do advogado que representava Richard Jacobs, o ex-gerente de inteligência global da Uber, alegando que a unidade Marketplace Analytics da empresa se dedicava a adquirir "segredos comerciais, códigos e inteligência competitiva". A queixa foi levada ao juiz do distrito responsável pelo julgamento do caso Uber-Waymo, William Alsup, que ordenou hoje (28) a presença de três funcionários da Uber durante a conferência final que antecederia o julgamento. Ainda não foram emitidas notas na imprensa sobre o encontro, ou informada nova data para o julgamento adiado.
Um tweet feito por Biz Carson, repórter da Forbes, explica que, entre as conquistas anti-éticas da Marketplace Analytics da Uber estão os códigos de competidores no GitHub, como pode ser visto abaixo:
Alsup, visivelmente irritado, disse no tribunal: "Não posso mais confiar nas palavras dos advogados da Uber neste caso. Se apenas a metade do que consta na carta for verdade, seria uma injustiça com a Waymo proceder o julgamento".
O processo foi encaminhado para investigação criminal em maio desse ano por Alsup.
Fonte: Quartz