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Startup aponta quais as fraudes de identificação digital mais usadas em 2020

Por| 20 de Janeiro de 2021 às 14h50

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Startup especializada na prevenção de fraudes no meio digital, a Combate à Fraude apresentou um levantamento listando as principais modalidades usadas em 2020 por fraudadores para se passar por outras pessoas e realizar golpes. E a mais utilizada chama a atenção por ser extremamente analógica: a adulteração da foto em documentos. 

E o golpe não pode ser mais simples: o golpista substitui a foto original do portador pela sua. E simplicidade da prática é proporcional ao seu poder de causar danos às empresas e consumidores. Isso porque, em posse de um documento falso ou montado, um fraudador pode abrir contas em bancos, contratar empréstimos pessoais, solicitar cartões de crédito, entre outras ações.

Driblando o reconhecimento facial

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Um ponto importante  - e que aí envolve a Tecnologia, portanto, é mais preocupante - é que esse golpe é eficiente mesmo quando a biometria facial é utilizada como forma de prevenção. Segundo Leonardo Rebitte, CEO da Combate à Fraude, durante um processo de registro online, o mais comum é a empresa solicitar a confirmação da identidade do usuário pedindo que ele faça o upload de uma foto de si mesmo (selfie) no aplicativo, segurando um documento de identificação.

Neste caso, o golpista consegue fraudar a prova de vida usando um vídeo em alta resolução ou ainda, máscaras de silicone. Estas, inclusive, foram muito utilizadas, pois, mesmo sendo caras (em torno de R$ 10 mil), o golpista consegue fraudar várias empresas em questões de horas.

O executivo explica que há empresas que possuem bases de dados com faces já validadas via biometria facial. Além disso, é possível consultar a base do Denatran através do Serpro. No entanto, Rebitte afirma que o problema é quando uma face não consta em nenhum repositório, aí só a documentoscopia (análise forense do documento de RG) consegue validar ou não uma identificação pessoal.

“Uma fraude como essa pode causar sérios problemas para uma empresa", diz Rebitte. "O prejuízo é grande e a responsabilidade por reembolsar as pessoas lesadas, utilizadas como laranjas nessas operações fraudulentas, é a da companhia, seja ela um banco, uma fintech, uma empresa de varejo ou até mesmo um órgão do governo como o INSS".
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Outros golpes

Ainda segundo o levantamento da startup, o segundo tipo de fraude mais praticado no ano passado foi a impressão de documentos falsos, como RG e CNH, com dados autênticos (o CPF bate com o nome, data de nascimento e o nome dos pais). Essa forma se difere da simples adulteração de dados do portador porque o papel é forjado e o documento já é impresso com a foto do falsificador. De acordo com Rebitte, é muito comum haver a impressão em massa de diferentes documentos de identidade com dados distintos e a foto do golpista.

Por fim, o terceiro recurso ilegal mais usado pelos fraudadores é a adulteração de dados nos documentos de identificação. Em posse de um documento original, o fraudador substitui algumas informações como nome da mãe, data de nascimento, data de expedição, entre outras, para ter em mãos um documento com uma foto de uma outra pessoa, mas com as informações adulteradas. 

Inteligência Artificial no combate às fraudes

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A Combate à Fraude afirma que só em 2020, sua tecnologia evitou R$ 45 milhões em tentativas de fraudes para seus clientes, que são em sua maioria bancos e fintechs de todos os portes. De acordo com o diretor de marketing da startup, Victor Fernandes, 40% dos casos de fraudes geram processos judiciais. “Para quantificarmos em dinheiro quando uma fraude é evitada, somamos à perda do valor do produto ou serviço um provável processo judicial” explica

A startup explica que sua solução antifraude combina tecnologias como Machine Learning e Inteligência Artificial (IA), com um sistema de checagem digital de dados que permite a aprovação de cadastros de forma confiável e em poucos segundos, automatizando toda a análise documental. Segunda a empresa, sua tecnologia reduz em 90% a chance de fraudes em aprovações de cadastros online e aberturas de contas digitais.

Um bom exemplo é o seu processo de documentoscopia, que utiliza IA para comparar o documento apresentado pelo usuário com milhares de outros do mesmo Estado e ano de emissão. Com esses dados, a ferramenta busca por inconsistências em mais de 200 pontos de atenção por segundo no documento. Na sequência, a plataforma informa se os documentos são autênticos ou não.