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Spotify pede desculpas após mudanças em política de privacidade

Por| 21 de Agosto de 2015 às 12h51

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Spotify pede desculpas após mudanças em política de privacidade
Spotify pede desculpas após mudanças em política de privacidade
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Pouco mais de 24 horas depois de se ver em meio a uma polêmica relacionada às suas novas políticas de privacidade, o Spotify veio a público pedir desculpas aos usuários pela confusão causada. Em um comunicado escrito pelo próprio CEO da empresa, Daniel Ek, o serviço admite que não fez um bom trabalho de comunicação com seus usuários e que deveria ter explicado melhor como utilizará os dados deles daqui em diante.

A polêmica está relacionada à informação de que, a partir de agora, o aplicativo do Spotify em celulares ou tablets poderá coletar informações da galeria dos aparelhos, incluindo fotos e vídeos, além da agenda de contatos e arquivos de mídia armazenados na memória. Enquanto a última opção parece óbvia, para interligar os dados baixados fora do serviço de música à sua própria biblioteca, todas as outras circunstâncias não vieram acompanhadas de explicações.

É justamente nisso que é focada a declaração oficial do Spotify, a primeira a ser feita de maneira pública desde que o problema começou. No texto, Ek aproveita para detalhar exatamente o que cada uma das novas permissões significa e diz que os usuários estão livres para negarem o acesso do aplicativo a qualquer tipo de dado, sem que isso interfira no negócio principal da plataforma, que é a disponibilização de música.

No caso das fotos, por exemplo, a ideia é permitir que as imagens sejam utilizadas para atualização do perfil do usuário ou sirvam de capa para playlists criadas. O mesmo vale para a agenda de contatos, que poderia ser acessada para indicar quais são os amigos que também estão utilizando o Spotify, de forma a incrementar o sistema de sugestões e também o aspecto mais social da rede. Falando nisso, é também por esse motivo que a plataforma pode pedir acesso aos sistemas de localização, de forma a entregar sugestões baseadas também no território em que o usuário se encontra.

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Aqui, o CEO cita também o acesso a recursos de voz que, apesar de não serem utilizados hoje, já fazem parte dos termos de serviço. O executivo afirma que a empresa está desenvolvendo sistemas que permitam o uso do Spotify por meio de comandos hands-free e, para isso, precisa de acesso ao microfone dos aparelhos. Mesmo que os utilizadores do serviço autorizem esse acesso, porém, ele ainda não está ativo nem será aproveitado de maneira alguma.

Uma coisa, porém, Ek deixa clara: em nenhum momento as informações são coletadas sem o conhecimento e autorização expressa dos usuários, seja por meio dos termos de serviço ou por indicações que aparecem nos próprios celulares. A única exceção, aqui, são os dados de utilização da própria plataforma, que são compartilhados com agências de publicidade e outros organismos de marketing, sempre de forma completamente anônima, para entregar propagandas segmentadas e interessantes aos membros gratuitos.

No pedido de desculpas, o Spotify afirma também estar 100% preocupado com a proteção da privacidade de seus clientes e afirma que em nenhum momento pretende tirar deles o controle sobre as informações que serão compartilhadas. A empresa prometeu ainda atualizar sua política de privacidade de forma a tornar não apenas estes, mas também outros pontos, muito mais claros.

Do meu jeito, ou não tem jeito

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Em relação à exigência de acesso aos dados dos usuários pelo serviço musical e à ausência de informações sobre como exatamente eles seriam usados, a mudança nos termos de uso do Spotify vinha acompanhada de uma imperativa que chamou a atenção negativamente. No documento, a plataforma afirma que aqueles que não concordarem com as especificações deveriam deixar de utilizar o serviço, já que tais dados seriam necessários para o funcionamento normal dele.

A máxima motivou críticas da imprensa e também dos usuários, principalmente no caso daqueles que utilizam a opção gratuita, baseada em anúncios e com algumas limitações. A ideia é que dados pessoais dos usuários também pudessem ser utilizados para fins de publicidade, uma ideia que não caiu nada bem entre os clientes e acabou motivando não apenas toda a polêmica, mas também a declaração oficial e o pedido de desculpas publicados nesta sexta-feira (21).

A mudança nas políticas de privacidade do Spotify aparece em um momento pouco oportuno, na mesma semana em que vazaram os dados do site de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison. No caso do serviço social, a empresa responsável por ele afirmava não armazenar números de cartão de crédito e outras informações pessoais de seus usuários, o que não era verdade, conforme foi revelado pelos hackers que liberaram quase 40 GB de arquivos provando o contrário.

Fonte: Spotify