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Review Kaspersky Antivírus | Proteção ampla com adicionais interessantes

Por| Editado por Claudio Yuge | 26 de Agosto de 2022 às 18h20

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Divulgação/Kaspersky
Divulgação/Kaspersky

O sistema operacional Android é o mais aberto do mercado, o que faz com que ele também seja o mais suscetível a ataques. Seja pela popularidade da plataforma ou sua arquitetura, contar com uma plataforma de segurança instalada no celular é um método essencial de defesa digital, do qual sempre estamos avisando por aqui. O Kaspersky Antivírus é a resposta de uma das principais empresas do setor para essa necessidade.

O software faz parte da suíte Total Security da empresa, que também traz soluções para computadores e alguns aplicativos extras de proteção online e gerenciamento de credenciais. Todo o pacote funciona por meio de assinaturas, como é padrão no mercado atual e, também, garante acesso aos recursos primordiais para proteção.

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Da mesma forma que em sua versão para computadores, o Kaspersky Antivírus para Android faz questão de mostrar ao usuário tudo o que está fazendo. Isso transparece, principalmente, pela presença de uma notificação fixa, que sempre aparece na lista de alertas do celular e não pode ser removida, a não ser, claro, que o usuário desative todos os avisos relacionados ao app, o que não pode ser tão desejável assim.

Ao mesmo tempo em que pode representar um susto para os partidários de uma tela inicial limpa, a notificação fixa também é um lembrete de que o sistema de segurança está sempre funcionando. Isso vale tanto para o download de aplicativos e o uso de softwares já instalados, como mensageiros instantâneos e serviços de e-mail que podem servir como vetor de ataques, como também para a navegação pela internet.

Configuração inicial atribulada, mas a paz vem depois

Como uma solução completa para um sistema operacional aberto, o Kaspersky Antivirus vem para proteger todos os recursos do smartphone. Isso se aplica não apenas aos elementos já citados, mas também a mensagens SMS, ligações, aplicativos e senhas. Há também uma VPN integrada e até um localizador de dispositivo perdido, que também permite apagar o conteúdo do celular, acionar alarme ou tirar uma foto do que está na visão da câmera em caso de perda ou roubo do aparelho.

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Com isso, entretanto, vem uma instalação um tanto assustadora, principalmente para o tipo de usuário leigo que mais precisa de uma solução de segurança completa assim. O software exiba diferentes notificações e telas sobrepostas assim que é inicializado pela primeira vez, jogando todas as necessidades e possibilidades ao usuário de uma vez só, além de exibir um grande aviso de problemas enquanto ainda fresco no aparelho.

Nesse sentido, uma faca de dois gumes aparece, por exemplo, quando o aplicativo pede para acessar os Serviços de Acessibilidade do Android. Uma via altamente usada pelos criminosos, ela também deve ser protegida pelo sistema de segurança, mas isso acontece enquanto o próprio sistema operacional exibe um alerta de alto risco; não faria mal uma explicação, ao usuário, sobre a necessidade de tal permissão e por que ela é importante. Novamente, um susto que pode fazer com que um utilizador mais leigo deixe de lado um escudo primordial.

Por outro lado, uma vez que tudo está ajustado e funcionando de acordo com as preferências de cada um, há uma sensação de proteção. Nos bastidores, o Kaspersky Antivírus realiza checagens completas do aparelho, seus arquivos e aplicativos, com relatórios que são exibidos sempre que o app é aberto. Com exceção da já citada notificação, enquanto tudo correr bem, o software não ficará lembrando ao usuário de sua presença, um aspecto de transparência que agrada em uma solução de proteção permanente.

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Ainda na configuração inicial, vale a pena dar uma olhada no recurso que permite bloquear a tela para uma nova verificação biométrica ou por senha sempre que um app sensível for aberto. O recurso é bom, novamente, em situações de perda ou roubo do aparelho, adicionando uma nova camada de proteção a apps bancários, serviços de e-mail, redes sociais e outras fontes importantes de informações e fraudes para os bandidos.

Nos testes realizados pelo Canaltech, o software foi capaz de bloquear todas as páginas fraudulentas acessadas pelo navegador Google Chrome, assim como aquelas que vieram por meio de links enviados através do WhatsApp. Entretanto, em caso de falso positivo, como aconteceu uma única vez durante o processo de análise, não existem opções de seguir adiante mesmo assim, com o acesso permanecendo impedido até que o usuário desative a proteção completamente.

Mensagens de texto suspeitas também foram filtradas, não notificando o usuário mas permanecendo em uma pasta separada, com um único caso de comunicação legítima, da operadora Claro, sendo identificado erroneamente. No caso das chamadas, o bloqueio não é automático, com o usuário devendo montar sua própria lista de indesejados na medida em que é importunado pelo telefone.

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Ainda no campo das telas sobrepostas, não é possível ignorar uma certa “carência” da aplicação em pedir pela avaliação do usuário na Google Play Store. Enquanto esse é um comportamento comum em apps de qualquer ecossistema e ajuda no engajamento e sugestão a outros usuários, ver esse pedido assim que o app instalado não é lá muito desejável; ser solicitado três vezes seguidas em um mesmo acesso ao antivírus, também não.

Opcionais, acessórios e pouco consumo

Características bem interessantes compõem o conjunto de opções “extras” do Kaspersky Antivírus. Chamou nossa atenção, por exemplo, um recurso chamado “Verificação de configurações fracas”, que faz uma varredura nas preferências do celular em busca de escolhas que enfraqueçam a segurança do dispositivo e possam servir como porta de entrada para criminosos.

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É o caso, por exemplo, da autorização para instalação de aplicativos fora das lojas oficiais, que pode ser uma porta de entrada para malware, ou da ausência de soluções de verificação para acesso ao celular. Caso elementos assim sejam localizados, o software alerta o usuário e indica as melhores práticas a serem adotadas.

Da mesma forma, outro recurso adicional interessante é um verificador de dados vazados, que busca a presença do e-mail vinculado à conta da Kaspersky em bancos de dados comprometidos. A funcionalidade também mantém vigilância em relação a isso, notificando em caso de brecha; infelizmente, não é possível incluir outras informações, como nomes de usuário ou número de telefone.

Como não poderia ficar de fora em uma solução mobile, há também uma VPN integrada ao Kaspersky Antivírus, mas ela é limitada ao tráfego de 300 MB por dia no pacote usado para análise. A opção gratuita também não permite a troca de região, servindo como uma proteção temporária para casos em que o usuário precisa trafegar dados sensíveis em uma conexão desprotegida. Para uso constante, entretanto, é preciso desembolar R$ 19,99 ao mês ou R$ 109 pelo pacote anual.

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Por outro lado, quando utilizada, a VPN quase não terá seus impactos sentidos na utilização cotidiana. Enquanto os testes do Canaltech exibiram um ping seis vezes maior com o recurso ativado, algo que pode incomodar quem usa o celular para games multiplayer como Free Fire, a diferença em velocidade é meramente numérica e não deve ser percebida durante o uso comum, mesmo em tarefas mais exigentes como a jogatina online ou o consumo de streaming — novamente, para fazer isso com o recurso ligado, só pagando a assinatura, que dá banda ilimitada.

A presença do Kaspersky Antivírus também não gerou lentidões ou quedas perceptíveis na performance do dispositivo usado nos testes, um Xiaomi Mi 11, ainda um celular de topo de linha, mesmo que focado no custo-benefício. Sem sustos, também, no uso da bateria, com consumo equivalente a redes sociais e mensageiros em uma situação de uso cotidiano.

Vale a pena usar o Kaspersky Antivírus?

O aplicativo de uma das mais reconhecidas marcas de segurança digital do mercado não faz feio ao seu nome no sistema operacional Android. Apesar da configuração inicial atribulada, a experiência é tranquila depois que tudo está ajustado, mantendo o usuário devidamente protegido das ameaças mais comuns.

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Com monitoramento constante do que acontece em tempo real e também checagens periódicas do que já está no celular, o Kaspersky Antivírus cumpre muito bem o prometido e ainda vai além, com auxiliares que detectam configurações inseguras e eventuais problemas de segurança que vão além de seu escopo. O monitoramento de dados vazados é um adicional dos mais interessantes, enquanto o baixo consumo de processamento e bateria não dá motivos para uma desinstalação.

Por aqui, costumamos falar que uma proteção invisível, que só alerta o usuário quando há algo de errado, é o ideal para evitar fricção. Nesse aspecto, a solução derrapa um pouco, tanto por manter uma notificação sempre presente na parte superior da tela quanto pela ausência de uma VPN integrada, deixando nas mãos e carteira do usuário a proteção de seus dados em redes desprotegidas.

O Kaspersky Antivírus pode ser adquirido de forma individual, com uma assinatura de R$ 19,90 por dispositivo ao ano. Ele também faz parte da suíte de aplicativos Total Security, que também inclui soluções de segurança para Windows, Mac e iOS, além de um gerenciador de senhas, sistema de controle parental e outros, por R$ 99,95 anuais e instalação em até cinco dispositivos.

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No Canaltech, o Kaspersky Antivírus foi testado em um smartphone Xiaomi Mi 11i, com licença gentilmente cedida pela Kaspersky.