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Quais serão as principais ameaças em cibersegurança em 2022

Por| Editado por Claudio Yuge | 24 de Janeiro de 2022 às 23h00

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Mika Baumeister;Unsplash
Mika Baumeister;Unsplash

Desde 2020, com a digitalização acelerada por consequência da pandemia da covid-19, o cenário da cibersegurança vem enfrentando constantes desafios em se adaptar para as novas demandas, ao mesmo tempo que novas ameaças constantemente aparecem. Tudo isso ocasionou, em 2021, uma verdadeira avalanche de problemas de segurança virtual, e o desejo que 2022 seja diferente.

Porém, para que essas mudanças possam ocorrer em 2022, é necessário entender as principais ameaças em potencial que podem atingir ambientes virtuais, tanto de empresas quanto de pessoas individuais. O Professor Doutor Adriano Cansian, fundador do primeiro laboratório de pesquisa em defesa cibernética do Brasil e idealizador da Resh Cyber Defense, apontou ao Canaltech alguns dos detalhes e possíveis problemas que estarão em alta durante o ano.

Confira a seguir:

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Ataques à cadeia de suprimentos

Por terem se mostrado muito eficientes em 2021, os ataques à cadeia de suprimentos, em que o alvo o objetivo da ameaça não é o alvo primário, mas sim alvos indiretos afetados pelo crime, devem se tornar ainda mais frequentes durante 2022.

"Por exemplo, um comércio eletrônico pode ser atacado indiretamente através de um ataque direto ao fornecedor de soluções da empresa de comércio eletrônico, ou até mesmo por meio de um ataque à empresa de logística que presta serviços para o comércio eletrônico", explica Cansian.

A recomendação geral para mitigar estes ataques é estar atento ao nível de segurança cibernética de parceiros e fornecedores, mesmo que estejam fora da estrutura básica de TI da empresa, para evitar assim que possíveis dados confidenciais compartilhados vazem, ou mesmo prejuízos por paralização de processos.

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Sistemas industriais

Sistemas industriais, usados para a fabricação de produtos, estão cada vez mais se conectando à Internet, mas sem tomar o devido cuidado com a segurança virtual, já que tradicionalmente são encarados como infraestruturas isolados do resto. Mas sem a atenção necessária, é possível que criminosos comecem a tomá-los como alvos, trazendo assim problemas para as empresas.

Assim, eles vêm se tornando um alvo interessante para os atores do cibercrime. Afinal, os cibercriminosos escolhem seu alvo com base nas oportunidades que encontram e sistemas despreparados são um prato cheio para invasões bem sucedidas.

Ransomware

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Os populares ataques de ransomware devem continuar sendo um grande problema para a segurança virtual em 2022. Em 2021, as ameaças avançaram para serem focados, diferente de 2020 em que eram disparados para um número gigantesco de máquina para ver quais eram infectadas.

Com isso, empresas tem que tomar mais cuidado com as mitigações e políticas de segurança em seus sistemas, já que na maioria das vezes os criminosos podem estar estudando suas infraestruturas para aproveitar uma brecha.

Desconhecimento das próprias vulnerabilidades

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Mesmo com todos esses problemas citados acima, para Cansian, o principal problema de segurança digital é outro. "A maior ameaça, quando falamos de cibersegurança, é a falta de conhecimento das próprias vulnerabilidades e, consequentemente, a falta de prevenção" explica o doutor.

Para mitigação dessa ameaça, Cansian recomenda para as pessoas que não são da área de tecnologia que se informem sobre como proteger suas informações e como os ataques podem comprometer sua organização e seus negócios.

Por fim, questionado quanto a regularidade dos testes, Cansian afirma que depende do nível de criticidade e conexão da empresa, mas que pelo menos um teste de penetração de ameaças por semestre deve ser feito, assim como o monitoramento constante das vulnerabilidades.