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Quais são os dados mais rentáveis e procurados por criminosos na dark web?

Por| Editado por Claudio Yuge | 23 de Agosto de 2022 às 13h20

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Dr StClaire/Pixabay
Dr StClaire/Pixabay

Um estudo publicado pela empresa NordVPN levantou quais tipos de dados podem ser negociados com mais frequência por cibercriminosos na chamada Dark Web. A análise mostrou quais informações devem ser protegidas e quais são as principais ameaças para os usuários da internet. Ao todo, foram identificados mais de 22 mil anúncios, que geraram mais de 720 mil vendas e uma receita superior a US$ 17,3 milhões (cerca de R$ 90 milhões).

A análise incluiu vários tipos de dados, preços e fontes, com foco em pacotes que contém informações pessoais, como dados financeiros, contas online, documentos e e-mails. Em geral, essas informações são classificadas por país, o que é indicado pelo vendedor em seus anúncios. Isso facilita a ação de cibercriminosos, que não precisarão refinar os dados por país no momento de preparar suas campanhas maliciosas.

Quase um e-commerce de dados

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O mercado da Dark Web é muito parecido com qualquer outro mercado atacadista, por assim dizer, quem compra dados por lá, espera ganhar dinheiro com eles. Da mesma forma que alguém que compra roupas em um bairro de comércio popular, como o Brás, em São Paulo, por exemplo, esperam revender essas peças e obter lucro em cima do investimento inicial com isso.

Porém, quem revende roupas do Brás não está cometendo nenhum crime. Ou seja, analisar esses dados pode dar um panorama sobre como os danos que os criminosos podem causar quando compram essas informações. Os dados de documentos lideram a lista de dados mais ofertados e mais vendidos, com participação de 43% nesse mercado. Em segundo, vêm os dados financeiros, com participação de 39%.

O item mais encontrado foram dados de cartão de pagamento, em segundo lugar, ficaram conjuntos completos de identidade pessoal. Em terceiro, ficaram as carteiras de motorista. Vale lembrar que os dados são mundiais e, em alguns países, a habilitação para dirigir é o único documento de identificação de uma pessoa, já que não há um sistema como o nosso Registro Geral (RG).

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Criptomoedas e passaportes em alta

Os pesquisadores também notaram que as informações de login de carteiras de criptomoedas são mais procuradas do que os dados bancários. Contas de carteiras populares, como Binance, Kraken e Crypto.com estavam entre as mais caras, assim como as mais buscadas. Cópias de passaportes, por sua vez, estavam entre os dados mais caros, sendo vendidos, em média, por US$ 600 (cerca de R$ 3.100).

E-mails são vendidos em pacotes, que são usados em grandes fraudes virtuais, como campanhas de phishing. Os e-mails mais caros eram os de cidadãos dos Estados Unidos que se registraram para votar. Esses pacotes são vendidos, em média, por US$ 99 (cerca de R$ 510). Dados como telefones, que podem ser forçados ou adivinhados, têm valor médio menos do que os demais.

Como se proteger

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A amplitude dos dados ofertados é uma mostra que pode ser muito difícil se manter seguro, porém, existem algumas práticas que podem dificultar o vazamento de seus dados pessoais. Evite inserir seus dados pessoais em sites pouco seguros, sempre leia a política de privacidade dos sites para saber como eles são protegidos e o que é feito caso eles sejam violados. Não haver uma política de privacidade, inclusive, é um mal sinal.

Ative as notificações de segurança em suas contas bancárias, com isso, será possível monitorar sua atividade bancária em tempo real. Também aprimore as configurações de segurança em todas as suas contas, assim, será possível saber quando todas as tentativas de login são feitas. Usar um gerenciador de senhas também pode ser uma boa opção, caso seja viável financeiramente.

Fonte: NordVPN