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Programas de integridade em tempos de COVID-19: como manter?

Por| 25 de Junho de 2020 às 10h00

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undrey/Depositphotos
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A pandemia do coronavírus instaurou, há alguns meses, um novo comportamento na rotina das empresas e empreendedores. Com a maioria dos negócios funcionando de maneira remota e outros muitos lutando para se manterem saudáveis e em funcionamento, os sistemas corporativos de integridade podem ter ficado, infelizmente, em segundo plano, dando brechas para que empresas sejam expostas a altos riscos.

Descumprimentos de normas, má conduta, casos de corrupção, lavagem de dinheiro e conflitos de interesse podem ser algumas das consequências nesses casos. E qual empresário deseja mais um risco em plena pandemia? Por isso, a adoção de alguns processos determinados pelos programas de integridade se faz necessário. Afinal, eles determinam ações e caminhos para prevenir, detectar e remediar atos lesivos previstos em lei, evitando fraudes, suborno ou comportamentos ilegais pela empresa ou seus colaboradores.

Para garanti-lo, é importante que a empresa ofereça, de alguma maneira, um sentimento de mais segurança e estabilidade para os colaboradores, investidores e parceiros, ao mesmo tempo em que conserva a qualidade e efetividades das atividades mesmo que por home office. Vale também padronizar procedimentos e, dessa forma, manter uma conduta ética e transparente por parte da equipe, evitando o descumprimento de normas e leis, que possam levar a multas. Para tanto, devem-se criar cartilhas e programas de treinamento de compliance e ética nas companhias, para que todos tenham entendimento do assunto e evitem desvios.

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Aos diretores e responsáveis por pessoal, é importante investir mais tempo na divulgação dessas políticas e condutas por e-mails, mensagens diretas, pastas com acesso remoto e uso de aplicativos. Em paralelo, os ciclos de treinamentos dos programas de integridade devem ser aprimorados e intensificados, de maneira adaptada, a fim de garantir um melhor comprometimento da equipe em relação às mudanças impostas no período de crise.

Prosseguir com o Canal de Denúncias ativo e aberto para o funcionário também é super positivo, para que os colaboradores possam informar sobre algum tipo de comportamento disruptivo prejudiciais a eles e a corporação. Outro aliado são as tecnologias otimizadoras de processos, como o bigdata e mineração online - ótimos investimentos nesse período, em vista que permitem que as práticas dos programas de integridade se mantenham ágeis, otimizadas e assertivas.

Lembro que toda crise tem um fim. Apesar de não parecer, em algum momento o “novo normal “se instalará, junto a uma nova rotina por parte das organizações e do mercado. Pensando nisso, o melhor meio para evitar problemas no futuro é se antecipar e adaptar suas diretrizes à nova realidade, adotando práticas que visem o comprometimento com as leis e a gestão de riscos.

A máxima do prevenir ao invés de remediar é (sempre) válida, ainda mais importante em momentos como esse!