Porto Seguro sofre ataque virtual e serviços ficam instáveis
Por Dácio Castelo Branco • Editado por Claudio Yuge | •
E os casos de ataques virtuais com empresas como alvo continuam em alta, com a Porto Seguro sendo a organização mais recente a ser atingida por um destes crimes. Por conta do golpe, os canais de atendimento e em alguns sistemas da seguradora estão instáveis desde quinta-feira (14).
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A Porto Seguro divulgou que havia sofrido o ataque em uma nota enviada para a Comissão de Valores Mobiliários. No pronunciamento enviado para a instituição, a empresa afirma que ativou prontamente todos os protocolos de segurança e, desde as 15 horas de quinta, vem restabelecendo gradualmente seus serviços.
A nota também afirma que, até o final da noite de quinta (14) , não foram identificados qualquer vazamento de dados da Porto Seguro, de suas franqueadas, de seus clientes e parceiros. A empresa não identificou detalhes da natureza do ataque, como se foi um sequestro virtual (ransomware) ou outro tipo de ameaça digital.
Nesta sexta-feira (15), uma procura pelo termo "Porto Seguro" nas redes sociais, como no Twitter, mostra que usuários estão enfrentando problemas ao tentar usar os serviços da seguradora, com até mesmo o perfil oficial da empresa se desculpando sobre a instabilidade:
O Canaltech entrou em contato com a assessoria de imprensa da Porto Seguro, que nos enviou o seguinte pronunciamento:
"A Porto Seguro informa que sofreu ontem (14) uma tentativa de ataque cibernético, que resultou em uma instabilidade parcial em seus canais de atendimento e em alguns de seus sistemas. Esclarece ainda que, até o momento, não foi identificado qualquer vazamento de dados da companhia, suas controladas, seus clientes e/ou parceiros, incluindo quaisquer dados pessoais. A empresa ativou prontamente todos os protocolos de segurança e, desde às 15h de ontem, vem reestabelecendo gradualmente seu ambiente e segue trabalhando para retomar a normalidade o mais breve possível."
Ataques constantes no Brasil
Os ataques digitais estão em alta no Brasil, com uma pesquisa da Fortinet afirmando que, somente no primeiro semestre de 2021, a ocorrência desses golpes em território nacional dobrou em relação a 2020, chegando aos 16,2 bilhões de casos, com o grande número de empresas que vem aparecendo em noticiários como vítimas destes crimes evidenciando esse dado para o público.
Recentemente, no começo de outubro, a CVC e o Submarino Viagens sofreram um golpe de sequestro virtual (ransomware) que indisponibilizou os serviços de venda das duas companhias. Somente nesta semana, a CVC, em comunicado para o mercado, anunciou que estava começando a recuperar algumas funcionalidades.
Em agosto, as Lojas Renner também sofreram um ataque ransomware. O golpe deixou o site, aplicativo de e-commerce e os sistemas da empresa varejista indisponíveis por alguns dias. Após a restauração, a companhia afirma que nenhum dado, seja de funcionários ou clientes, foi comprometido.
E em junho, o Grupo Fleury também foi vítima de um ataque ransomware, que impossibilitou a realização de exames nos laboratórios da empresa por alguns dias.
Fonte: Seu Dinheiro