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Polícia fecha 545 canais de compartilhamento de pirataria no Telegram

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech
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Uma operação conduzida por autoridades italianas deu um forte golpe em grupos que usam o Telegram para promover pirataria. Ao todo, foram autuados 545 canais, e também foram realizadas buscas em endereços físicos de cinco regiões da Itália. Oito administradores de grupos estão sendo investigados por violação de direitos autorais.

As autoridades italianas investigam a ligação de canais no Telegram com a pirataria desde 2019. O principal alvo são serviços ilícitos de IPTV e a reprodução irregular de filmes e séries de TV. No entanto, a falsificação de obras literárias tem crescido bastante desde o início das investigação, o que tem aumentado a cobrança de organizações do setor em cima dos investigadores.

Pirataria de revistas, jornais e livros cresceu no Telegram

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Em 2020, por exemplo, a Federação dos Editores de Jornais (FIEG, na sigla em italiano), abriu reclamações sobre a distribuição ilegal de jornais diários, revistas e livros pelo Telegram. A reivindicação gerou uma punição, com o fechamento de 19 canais no aplicativo. Um ano depois, a FIEG alega que pelo menos 300 canais com conteúdo semelhante já foram fechados.

O Grupo Esportivo Chamas Amarelas, a divisão de esportes da polícia italiana, possui uma divisão especializada em tecnologia da informação, que já identificou 6.500 usuários piratas de IPTV em grupos de Telegram. Segundo a organização matriz do grupo, a Guarda Financeira de Milão, o foco das investigações tem mudado para os grupos de compartilhamento ilegal de jornais, revistas, livros e demais obras literárias.

“As investigações realizadas pelos especialistas do Fiamme Gialle levaram à identificação de uma rede ilegal muito mais ampla do que a prevista na denúncia”, disse a Polícia em comunicado. “Isso permitiu desmascarar um sistema consolidado de compartilhamento e divulgação não autorizados, não apenas de jornais e revistas, mas também séries de TV e outros conteúdos pagos”.

Canais de pirataria no Telegram são bancados por anunciantes

De acordo com a Guarda Financeira, os 545 canais investigados possuem mais de 430.000 assinantes, sendo que nenhum deles pagou sequer um euro para entrar. A monetização ocorria de outras formas, como banners de publicidade vendidos pelos administradores e exibidos nos canais em troca de pagamento por parte do anunciante.

Outra forma de monetização envolve a divulgação de links que direcionam para plataformas de e-commerce e venda de produtos online. Caso um dos assinantes do canal efetivasse uma compra através do link que foi divulgado, uma porcentagem do valor do produto voltava para o divulgador. Com um número grande de assinantes nos canais, esse retorno era satisfatório.

Apesar do fechamento dos 545 canais na Itália, a expectativa das autoridades é que esse ecossistema se recupere rapidamente. Novos canais, com novos nomes, mas administrados pelas mesmas pessoas, podem ser criados, já que há pessoas interessadas em conteúdo ilegal, mas gratuito, e anunciantes dispostos a financiar esses empreendimentos criminosos.