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Novos ataques cibernéticos miram assinantes de serviços da Microsoft

Por| Editado por Jones Oliveira | 28 de Junho de 2021 às 23h00

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Tadas Sar/Unsplash
Tadas Sar/Unsplash
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A Microsoft emitiu um alerta aos usuários de seus serviços por assinatura sobre a realização de novos ataques direcionados, com dados obtidos a partir de ssuas plataformas de suporte ao cliente. De acordo com a empresa, na segunda metade de maio, atacantes tiveram acesso a informações de alguns dos membros pagantes dos serviços e as utilizaram para uma campanha maior de contaminação.

A intrusão seria reflexo, ainda, das brechas nos sistemas da fornecedora americana de tecnologia SolarWinds, revelada no início do ano. De acordo com a Microsoft, o acesso não-autorizado foi descoberto durante investigações relacionadas ao caso, em que os criminosos tiveram acesso a informações das assinaturas mantidas por um pequeno grupo de clientes corporativos, que tiveram a lista de plataformas usadas e informações de contato comprometidas. Desse conjunto, três empresas foram vítimas de golpes envolvendo tal comprometimento.

A empresa disse ter entrado em contato com os atingidos e, em um alerta maior, pediu que os clientes corporativos fiquem atentos a tentativas de ataques envolvendo engenharia social, já que os dados obtidos a partir de seus sistemas podem ser usados como forma de dar aparência de legitimidade a e-mails de phishing e contatos telefônicos em busca de mais informações. De acordo com a Microsoft, os autores não estão realizando ataques direcionados aos envolvidos, mas as informações foram unidas a uma campanha maliciosa de grande escala, que está em andamento, e que utiliza outras brechas.

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Ao falar sobre o assunto, a Microsoft também disse que a intrusão foi trabalho de um grupo cibercriminoso conhecido como Nobelium, que teria ligações com o governo da Rússia. Eles também foram os responsáveis por múltiplos ataques envolvendo as vulnerabilidades encontradas na SolarWinds, atingindo empresas privadas e órgãos do governo americano, como instituições dos departamentos de defesa e saúde.

Por outro lado, a companhia de Redmond não associou a invasão a seus sistemas de suporte com outros ataques realizados pelo Nobelium contra a Microsoft, que já envolveram até mesmo a obtenção ilegal de códigos-fonte de soluções da empresa. O governo americano, que participa das investigações ao lado da companhia também corroborou as informações, afirmando que a brecha recém-descoberta é menos grave em comparação com outros golpes ligados às brechas nos produtos da SolarWinds.

De acordo com um porta-voz da Casa Branca, o comprometimento das informações de suporte da Microsoft seria uma tentativa de espionagem “mal-sucedida” contra clientes corporativos. A administração americana, por meio do Departamento de Segurança Nacional, atua ao lado da Microsoft e também dos clientes cujos dados foram roubados para avaliar danos e intensificar a segurança em caso de novos ataques.

Já a SolarWinds disse que a intrusão registrada e reportada pela Microsoft não envolve seus produtos, colaboradores ou clientes. O governo da Rússia também se pronunciou e negou qualquer relação com o ataque realizado pelo Nobelium.

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Fonte: Reuters