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Novo vírus capaz de deletar dados é detectado na Ucrânia pela ESET

Por| Editado por Claudio Yuge | 16 de Março de 2022 às 21h40

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Divulgação/ESET
Divulgação/ESET

Com o conflito entre Ucrânia e Rússia perto de completar um mês, pesquisadores da firma de cibersegurança SET descobriram mais um malware que apaga dados (wiper) usado em ataques contra organizações ucranianas. A ameaça foi batizada de CaddyWiper pelos analistas.

O CaddyWiper foi detectado pela primeira vez na última segunda-feira (14). O wiper, que apaga dados do usuário e informações de unidades conectadas, foi encontrado em dezenas de sistemas em um número limitado de organizações, com o nome de arquivo Win32/KillDisk.NCX.

A ESET destaca que o CaddyWiper não tem semelhanças no código quando comparado com o HermeticWiper ou IsaacWiper, os outros wipers de dados que têm afetado organizações na Ucrânia desde 23 de fevereiro deste ano.

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Entretanto, assim como ocorreu no caso do HermeticWiper, há evidências que sugerem que os cibercriminosos por trás do CaddyWiper se infiltraram na rede das vítimas antes de liberar o malware.

Ameaça é a terceira detectada desde começo do conflito entre Rússia e Ucrânia

O CaddyWiper é a terceira vez em poucas semanas que os pesquisadores da ESET detectam uma amostra previamente desconhecida de malwares que apagam dados e que são direcionados a organizações na Ucrânia.

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Em 23 de fevereiro, véspera da invasão russa à Ucrânia, a ESET detectou o HermeticWiper nas redes de várias organizações ucranianas de alto perfil. Estas campanhas também alavancaram o HermeticWizard, um VÍRUS personalizado usado para propagar o wiper dentro de redes locais, e o HermeticRansom, um ransomware usado como isca para infectar vítimas com o apagador de dados.

No dia seguinte, 24 de fevereiro, junto do começo da invasão russa, um segundo ataque destrutivo contra uma rede do governo ucraniano foi detectado, desta vez com o intuito de implantar o IsaacWiper, que tinha semelhanças em seu código com o HermeticWiper.

Todas essas campanhas são apenas as últimas de uma longa série de ciberataques que atingiram alvos ucranianos de alto nível nos últimos oito anos, com o principal destaque sendo a ameaça NotPetya, que penetrou nas redes de várias empresas ucranianas em junho de 2017 antes de se propagar para outros países.