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Não use carregadores públicos para o seu celular, alerta o FBI

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Steve Johnson/Unsplash
Steve Johnson/Unsplash

Aquela USB disponível no transporte público ou no saguão de aeroportos, cafeterias ou hotéis pode parecer uma mão na roda para recarregar rapidamente o celular, mas também podem representar um grande risco. Tanto quer o FBI pediu explicitamente que as pessoas deixem de usar tais entradas disponíveis a todos, preferindo tomadas convencionais e os próprios carregadores que acompanham os smartphones.

O perigo por trás da prática foi batizado de “juice jacking”, ou “roubo de carregamento”. Ao ser conectado em uma USB, o aparelho recebe energia, sim, mas também pode ser alvo de vírus e códigos maliciosos que roubam dados ou implantam mecanismos de espionagem ou furto de informações pessoais e bancárias. Parece um risco saído de filme, mas que se tornou real o bastante para virar aviso da agência governamental.

Ainda não existem dados públicos que comprovem a dimensão desse crime, mas não é a primeira vez que as autoridades emitem alerta sobre o assunto. Em 2019, por exemplo, a polícia de Los Angeles avisou sobre os riscos depois de encontrar uma estação de carregamento infectada com malware em um festival de música; em 2018, uma pessoa foi presa nos EUA por comprometer terminais desse tipo em um parque de diversões, de olho em dados de cartão de crédito.

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"Evite usar estações de recarga grátis em aeroportos, hotéis ou shopping centers. Atacantes criaram maneiras de usar portas USB públicas para introduzir malware e software de monitoramento nos dispositivos. Leve seu próprio carregador e cabo USB e use uma tomada elétrica."

No Brasil, também, não existem informações disponíveis, com os especialistas em segurança digital já apontam há anos para os riscos. A recomendação de segurança, novamente, é o uso de tomadas convencionais e de um carregador certificado, em vez de portas USB públicas; cuidado com a compra de fontes em revendedores desconhecidos ou importações suspeitas, já que elas também podem ser comprometidas da mesma maneira.

O ideal é sempre andar com cabos e carregadores na mochila, ou preferir outros meios como power banks ou modos de economia de energia disponíveis nos próprios aparelhos. Caso a necessidade de usar portas USB públicas seja inevitável, procure aparelhos que anulam sinais de dados, os chamados pass-through, que funcionam como intermediários que garantem a passagem apenas da energia, sem outros usos maliciosos.