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Mozilla afirma que o FLoC do Google não protege a privacidade dos usuários

Por| Editado por Claudio Yuge | 14 de Junho de 2021 às 21h40

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StockCatalog/VisualHunt
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Desde que foi anunciado como um substituto para cookies tradicionais, o sistema Federated Learning of Cohorts (FLoC) do Google tem sido alvo de vários críticas. Na última quinta-feira (10), a Mozilla voltou a atacar o sistema, alegando que a maneira como ele foi criado diminui a privacidade dos usuários e permite que eles sejam identificados de forma individual.

Eric Rescorla, CTO da empresa, afirmou que a maneira como o FLoC age ainda possibilita que anunciantes vejam os detalhes de cada pessoa, mesmo que seus comportamentos e histórico de visitas esteja agrupado dentro de um grande conjunto. “Se os rastreadores tiverem qualquer quantidade significativa de informações adicionais, eles podem restringir o conjunto de usuários muito rapidamente”, explicou.

Rescorla explica que o sistema do Google pode ser agregado a outros métodos de identificação para destacar usuários únicos dentro de cada grupo. O sistema operacional que é usado por cada pessoa, por exemplo, pode servir como uma forma de separar o comportamento individual de cada uma delas. Ele também afirma que o sistema é capaz de registrar a navegação por múltiplos sites, burlando até mesmo ferramentas como o Total Cookie Protection (TCP) do Firefox, criado para evitar que anunciantes criem correlações entre páginas visitadas pela mesma pessoa.

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Solução ainda mais invasiva

O executivo também critica o fato de que o FLoC é abrangente o suficiente para registrar todo o histórico de comportamentos de um usuário. Enquanto os cookies tradicionais funcionam de forma mais limitada e individual, o sistema do Google usa uma identidade única para todas as páginas visitadas — o que permite que anunciantes configurem rotinas de checagem de comportamento muito eficientes.

“O resultado final aqui é que qualquer site será capaz de aprender muito sobre você com muito menos esforço do que seria necessário hoje”, explica Rescorla. O CTO da Firefox também afirma que, embora o Google tome certas medidas para proteger a privacidade de seus usuários, elas são somente marginais diante dos problemas básicos que a tecnologia possui e que devem ser estudados com mais cuidado pela comunidade.

“O FLoC tem como premissa uma ideia atraente: permitir a segmentação de anúncios sem expor os usuários a riscos. Mas o design atual tem várias propriedades de privacidade que poderiam criar riscos significativos se fosse amplamente implantado em sua forma atual”, resume Rescola. Atualmente, o Google está conduzindo testes do novo sistema no navegador Chrome em 10 países, em uma lista que inclui o Brasil e os Estados Unidos.

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Fonte: Mozilla Blog