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Marinha dos EUA apresenta protótipo de navio de guerra não tripulado

Por| 13 de Abril de 2016 às 23h10

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DARPA
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A Marinha dos EUA apresentou no início desta semana um novo navio de guerra experimental autônomo. Batizada de “Sea Hunter”, a embarcação com pouco mais de 40 metros de comprimento é capaz de operar por vários meses com seus motores movidos a diesel, sem qualquer necessidade de tripulação.

Desenvolvido como parte de um novo programa DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, na sigla em inglês) para embarcações antissubmarinos, o navio de guerra é também o resultado de uma busca por uma plataforma “flexível” capaz de cumprir uma ampla gama de atribuições.

“O que nós percebemos ao longo do desenvolvimento do programa é que se trata de um caminhão”, disse o gerente responsável pelo Sea Hunter, Scott Littlefield, em entrevista ao site IEEE Spectrum. “Ele tem uma grande capacidade de carga, o que deve servir para uma grande variedade de missões.”

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Os movimentos de um ser humano

O Sea Hunter utiliza diversas tecnologias de ponta para traçar suas rotas e desviar de outras embarcações, tais como o Sistema de Identificação Automático (AIS, na sigla em inglês). Não obstante, os algoritmos de navegação e pilotagem do computador de bordo foram programados para simular decisões humanas.

Qualquer manobra realizada para desviar de outro navio, por exemplo, apenas é executada quando o movimento também pode ser visualizado pela outra embarcação – de forma que decisões relacionadas à alteração de direção são preferíveis às que envolvem mudança da velocidade de curso, por se tratar de algo mais facilmente identificável por outro ser humano.

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“A ideia é que ele seja razoavelmente autônomo, de forma que possa executar ações, como o desvio de obstáculos, sem que alguém precise controlá-lo por meio de um joystick”, disse Littlefield ao referido site. “Ele jamais foi pensado para ser uma embarcação pilotável por controle remoto.”

Os avanços preocupante da China e da Rússia

A injeção recente de fundos para a tecnologia naval – sobretudo para veículos não tribulados – por parte dos EUA certamente não é por acaso. Conforme apontou o especialista em segurança da New America Foundation, Peter Singer, em entrevista à Reuters, trata-se de uma resposta aos avanços recentes da marinha chinesa nas águas ao sul do país, fruto de um investimento pesado em submarinos com tecnologia de ponta.

“Nós não estamos trabalhando em [tecnologia] antissubmarinos apenas porque é legal”, disse Singer à referida agência. “Nós estamos trabalhando nisso porque estamos fortemente preocupados com os avanços que a China e a Rússia têm conquistado nesse espaço.”

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Até o momento, entretanto, o Sea Hunter permanece como um drone aquático desprovido de armas. Mas isso pode mudar. “Eu gostaria de ver frotas não tripuladas operando ao oeste do Pacífico e no Golfo Pérsico dentro de cinco anos”, disse o secretário de defesa estadunidense, Rober Work, à Reuters – embora garantindo que o controle de dispositivos letais em um drone como o Sea Hunter deverá ser necessariamente humano.

Fonte: Reuters.