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Malware bancário para Android pode roubar dados de mais de 460 aplicativos

Por| Editado por Claudio Yuge | 26 de Maio de 2022 às 13h00

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Pexels/Karolina Grabowska
Pexels/Karolina Grabowska

Uma nova versão do malware bancário ERMAC já atinge 467 aplicativos de instituições financeiras ao redor do mundo, entre softwares de bancos, carteiras digitais e de criptomoedas. A praga atua roubando credenciais e as enviando de volta aos criminosos, inclusive de instituições com atuação no Brasil, e costuma vir disfarçada por trás de versões falsas de softwares conhecidos.

Foi assim em uma das primeiras campanhas em grande escala detectadas com o ERMAC, focada em usuários da Polônia. De acordo com informações da empresa de segurança ESET, o malware foi disfarçado como o Bolt Food, um software popular de delivery do país, e era entregue a partir de um site fraudulento, que induzia ao download da solução maliciosa a partir de e-mails de phishing, postagens em redes sociais e anúncios contaminados em mecanismos de busca.

Uma vez instalado, o ERMAC varre o dispositivo da vítima em busca de apps de interesse que estejam instalados e envia essas informações a um servidor sob o comando dos criminosos. É por essa infraestrutura, também, que a praga recebe as ordens para agir, inserindo telas falsas sobre as legítimas, de forma que a vítima insira a senha em uma interface controlada pelos bandidos, que podem realizar operações por trás de falsas telas de carregamento.

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Isso é possível devido ao abuso do Serviço de Acessibilidade do Android, um sistema que serve para facilitar o uso de aparelhos mas que vem cada vez mais sendo utilizado por bandidos em práticas desse tipo. O pedido de poucas permissões também ajuda a evitar que o usuário detecte problemas, enquanto em outros casos, o malware chegou a solicitar mais de 40 autorizações, incluindo também o acesso à câmera, galeria, gravador de áudio e toda a memória, indicando possíveis operações de furto de dados pessoais.

Nova versão do malware está em ação desde março

Segundo a ESET, a nova versão do ERMAC está disponível desde março deste ano e vem sendo vendida em fóruns da dark web, voltados ao cibercrime, por uma assinatura de US$ 5 mil por mês, aproximadamente R$ 24 mil. É um valor baixo para o alto poder de destruição da praga, principalmente devido à sua versatilidade, possibilitando o lançamento de campanhas contra usuários em escopo internacional.

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Analistas da Cyble também se debruçaram sobre o malware e encontraram similaridades entre o ERMAC 2.0 e outro trojan bancário, o Cerberus. Por outro lado, os especialistas em segurança apontam que a praga pode não ser tão eficaz a partir da versão 11 do Android, uma vez que sistemas de segurança adicionais foram implementados, justamente, para dificultar a ação de criminosos que abusam do Serviço de Acessibilidade para roubar dados.

Ainda assim, segue a orientação de sempre para que os usuários evitem o download de aplicações fora da loja Google Play ou marketplaces oficiais de fabricantes. O ideal é ignorar solicitações que cheguem por e-mail, a não ser que você tenha certeza de que são legítimas, não clicando em links ou realizando downloads a partir de tais meios.

Além disso, vale a pena manter o sistema operacional sempre atualizado já que, como dito, aparelhos com suporte às versões mais recentes do Android não são tão suscetíveis a ataques desse tipo. Ainda, ter softwares de proteção e segurança instalados ajuda a evitar as ameaças mais comuns contra os smartphones.

Fonte: ESET (Twitter), Cyble