Mais de 770 mil cartões de crédito vazaram na web em 2020, afirma empresa
Por Ramon de Souza | 06 de Novembro de 2020 às 23h30
Segundo dados coletados pela Apura, empresa brasileira que atua no ramo de threat intelligence (fornecimento de inteligência de ameaças cibernéticas), é crescente o número de fraudes financeiras registradas ao longo do Brasil e do mundo. A companhia afirma que, desde janeiro de 2020, mais de 770 mil cartões de crédito válidos teriam sido livremente compartilhados entre criminosos cibernéticos, podendo ser utilizados para fins malignos.
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As estatísticas partem da BTT, solução da Apura que utiliza robôs para vasculhar a web, identificar riscos cibernéticos e organizá-los na forma de relatórios compreensíveis que podem ser utilizados por times de segurança para ajustar sua estratégia de proteção corporativa. Atualmente, a plataforma conta com mais de 300 milhões de eventos registrados, sendo adicionados, em média, 5 milhões de novos registros por dia.
Dentro do segmento de fraudes financeiras, o extravio e uso malicioso de cartões de crédito respondem por 58,74% de todos os eventos registrados. Em seguida, temos máquinas de cartão adulteradas (19,29%), cédulas falsas (8,18%), venda de kits para phishing (6,79%), conta laranja (2,85%), boletos falsos (2,82%), URA (0,84%) e fraudes envolvendo agentes internos (0,48%). São números perigosos sobretudo nas vésperas da Black Friday.
Quando levamos em conta o ranking geral de ameaças, os malwares continuam levando a medalha de ouro, representando 54% do total; logo após, as campanhas de phishing com 41% do montante. Assusta também a quantia de credenciais vazadas e domínios fraudulentos registrados por criminosos — foram mais de 26 milhões de logins comprometidos e 115 milhões de URLs fraudulentas.
Segundo Maurício Paranhos, diretor da Apura, o objetivo da plataforma é “dar aos clientes a visão mais ampla possível do bioma cibercriminoso no Brasil e no mundo, de forma a municiá-los com o máximo de informações, permitindo que tomem decisões com base em informações reais e se prepararem para lidar com as mais diversas ameaças, tais como golpes, fraudes, incidentes, vulnerabilidades, vazamentos e ataques cibernéticos”.
Fonte: Apura