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Lavagem de dinheiro e contas laranjas estão na mira da verificação digital

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Yura Fresh/Unsplash
Yura Fresh/Unsplash

Verificar a identidade do usuário pelo celular na hora de abrir uma conta bancária pode ser um caminho para combater as “contas de passagem”, também conhecidas como “laranjas”, que são usadas para transações bancárias ilícitas.

De acordo com a empresa de cibersegurança Prove Identity, a medida chega como uma alternativa para evitar prejuízos financeiros e ainda preservar a reputação corporativa diante do avanço de fraudes digitais, que se tornam cada vez mais sofisticadas no país.

No que diz respeito às contas de passagem, a empresa nota que, embora os bancos já estejam tomando medidas para contornar o problema, a proliferação dessas transferências digitais golpistas continua acontecendo de maneira rápida e quase imperceptível.

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Verificar para combater

Comumente usadas para lavagem de dinheiro, as contas de passagem são utilizadas por criminosos para disfarçar a origem das quantias monetárias. Isso dificulta o rastreamento do dinheiro, facilitando a transferência fraudulenta de uma conta para a outra.

Para Andrea Rufino, líder de Marketing da Prove Identity na América Latina, é aí que a verificação de identidade entra para enfrentar o problema, principalmente se feita na abertura de contas bancárias. “É muito mais seguro verificar a identidade digital na abertura de conta do que lamentar perdas depois”, afirma.

Rufino ainda destaca que fazer essa verificação inicial pelo celular garante que apenas usuários legítimos tenham acesso aos serviços e transações do banco, além de proteger a integridade de processos empresariais e a dos próprios clientes. Isso porque a tecnologia consegue validar até mesmo o comportamento e o histórico de uso, “tornando praticamente impossível para fraudadores simularem uma identidade legítima”.

Maior segurança digital

Apostar em uma verificação mais robusta também fortalece a segurança digital no país, tendo em vista que, com mais de 200 milhões de celulares ativos, segundo a Prove, uma fraude bancária não ocorre sem o número de um celular na mão do criminoso. “No Brasil, não existe fraude digital sem a participação de uma conta bancária ou número de celular”, explica Rufino.

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Em vista desse cenário, é fundamental que usuários comuns e empresas tenham conhecimento dessas medidas protetivas para identificar rapidamente casos de identidade sintética, por exemplo, uma prática que consiste na criação de perfis falsos usando documentos de pessoas falecidas, crianças ou dados inexistentes.

São justamente essas informações que as contas de passagem aproveitam para emplacar transações ilícitas e provocar prejuízos para terceiros, pois, sem a presença de métodos de verificação de identidade mais agressivos, os criminosos possuem o cenário ideal para dar continuidade aos processos ilegais.

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